Povo instruído é difícil de ser iludido |
A política do Pão e circo, como ficou
conhecida, era o modo com o qual os líderes romanos lidavam com a população em
geral, para mantê-la fiel à ordem estabelecida e conquistar o seu apoio. Assim
povo romano, que não tinha qualquer interesse em assuntos políticos, e só se
preocupava com o alimento e o divertimento. Desta forma, nos tempos de crise,
em especial no tempo do Império, as autoridades acalmavam o povo com a a
construção de enormes arenas, nas quais realizavam-se sangrentos espetáculos
envolvendo gladiadores, animais ferozes, corridas de bigas, acrobacias, bandas,
espetáculos com palhaços, artistas de teatro e corridas de cavalo. Outro
costume dos imperadores era a distribuição de cereais mensalmente no Pórtico de
Minucius. Basicamente, estes “presentes” ao povo romano garantia que a plebe
não morresse de fome e tampouco de aborrecimento. A vantagem de tal prática era
que, ao mesmo tempo em que a população ficava contente e apaziguada, a
popularidade do imperador entre os mais humildes ficava consolidada. Essa tal
política “pão e circo” muito utilizada na Roma antiga, continua até hoje. Em
várias situações nos cenários nacional e internacional, esse tipo de
manipulação se apresenta das mais diversas formas: eventos esportivos,
programas televisivos, notícias sensacionalistas, e tantos outros tipos de
“atrações” para a população são visíveis a olhares atentos/esclarecidos. “O
pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa
dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do
feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio depende das
decisões políticas. O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o
peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que da sua ignorância
política nasce à prostituta, o menor abandonado e o pior de todos os bandidos
que é o político vigarista, pilantra, o corrupto e lacaio dos exploradores do
povo.” (Bertolt Brecht)
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