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Todo suicida tem encontro marcado com o satanás! |
No início do mês
de março de 2011, o ex-funcionário da Petrobras e mandante da chacina de
Itajuípe, José Américo dos Reis Filho, cometeu suicídio no Conjunto Penal de
Itabuna, ao tomar overdose de medicamentos. Américo foi apontado como o autor
intelectual da chacina contra três mulheres e duas crianças em Itajuípe, em
março de 2007. O ex-funcionário da Petrobras acabou condenado a 98 anos e nove
meses de prisão. Dentre as vítimas da chacina estavam a amante Ediane Duarte
Souza (40), e o José Américo Reis Júnior, de apenas cinco anos e filho de
Américo com Ediane. E sua carta de despedida, ele começa assegurando que estava
saindo da vida, para voltar ao encontro de Deus. O assassino de si mesmo morreu
se enganando. Se depender de tudo o que já li, ouvir e conheço, o encontro dele
foi com satanás. Não creio que suicida volte ao céu. Mas não pretendo analisar
circunstâncias específicas do caso. Quero, apenas, refletir sobre a realidade
desse fenômeno que, aparentemente, tem se intensificado nos tempos atuais.
Tenho sabido de estudos sobre o atentado voluntário contra a própria vida, que
apontam a sua classificação como egoísta, altruísta ou anarquista. Em todos os
casos, sempre se origina em fatores sociais, financeiros e passionais. Penso
que há forças ocultas poderosas que operam em favor da desvalorização da vida,
o que se intensifica em uma cultura profundamente influenciada por um sistema
ético que busca erradicar a interferência da fé ou da religião no comportamento
humano. Em uma cultura dominada pelo secularismo, questionamentos como “Quem
sou eu?”, “Por que estou aqui?”, “Para onde estou indo?” obtém respostas do
tipo: “Você é resultado acidental de uma combinação aleatória de energia e
matéria”, “Não existe qualquer razão para você existir”, “Você está caminhando
em direção à morte e à inexistência”. Como resultado, cada vez mais pessoas
sofrem com a sensação de falta de sentido. No íntimo todo suicida é ateu. E
morre temendo assumir este fato. Creio que eles pensam, que não existindo Deus,
o ser humano e o universo estão condenados. Como prisioneiros condenados à
morte, eles esperam a execução inevitável. Não há Deus e não há imortalidade. E
qual a consequência disso? Significa que para o suicida, a própria vida é um
absurdo. Significa que a vida não tem sentido, valor ou propósito fundamental. Fomos
criados com a necessidade de manter conexão com o Criador. Quando o indivíduo
mata Deus, ou não o deixa existir em sua vida, acaba matando sua própria
essência. Mesmo que não cometa suicídio, a morte física que ele espera é apenas
a culminância da morte espiritual já iniciada. Felizmente, enquanto a vida não
se exaure por completo, as palavras de Jesus ainda podem nos trazer esperança:
“(...) Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que morra,
viverá” (João 11: 25).
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