A PRIMEIRA DAMA NA DÚVIDA ENTRE SER FADA, OU BRUXA!

Ao não cumprir seus deveres de fada, a
"Monalisa" acaba sendo tal qual bruxa!

Bruxas fazem mais sucesso do que fadas entre o pessoal que curte o gênero. Parece que as bruxas são fortes e as fadas são mais bobinhas, ou tipo madrinhas-velhinhas ou infantis como naqueles velhos filminhos da Disney, certo? Errado. Na origem, fadas eram deusas poderosas que foram jogadas na clandestinidade e tiveram seu culto proibido pela Igreja. Por isso era mais fácil o povo as fazerem ficar parecidas com as inofensivas “fadinhas” que conhecemos. Assim, elas se disfarçaram ou foram disfarçadas, mas nem por isso perderam o significado e efeito psicológico em seres humanos, sua potência mitológica. Em outras palavras, nem por isso perderam a magia! As fadas são imortais, mas têm a aparência de lindas jovens, travessas e fascinantes. Vestem-se de branco, ou azul claro e são dotadas de asas, voam pelos ares, especialmente durante a noite. Fadas são lindas como a simpática Monalisa de Leonardo da Vinci e bruxas são feias como foram mostradas em filmes de Branca de Neves. Mas bruxas são astuciosas, sagazes e até se disfarçam bem de fadas graciosas e bondosas. Num passado recente, Itabuna rechaçou uma bruxa feiosa e malfeitosa, que tentou por duas vezes arrebatá-la e submetê-la aos seus caprichos. Mas a cidade parece condenada a estar sempre vulnerável a essas "almas sebosas e penadas", que se apoderam do poder e o utilizam para fomentar suas hordas de parentes e aderentes, parasitas e incompetentes; que menosprezam seus deveres de bem cuidar dos desafortunados e dissimulam seus sentimentos, com o que há de mais acintosa hipocrisia, insensibilidade e irresponsabilidade. Considerando-se que bruxas são senhoras de um lugar vitalício nas histórias infantis e juvenis, suas transformações em nossa cidade sublinham o caráter transitório, que suas drásticas metamorfoses requerem para se adaptarem aos ambientes efêmeros que julgam comandar. Isto porque, quando não estão no poder, simplesmente somem, ou voltam a se dissimularem de fadas.