A ONU não caiu na armação da quadrilha de Lula |
Comitê de Direitos
Humanos das Nações Unidas, em Genebra, decidiu negar o pedido do ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva para que o governo brasileiro impedisse a prisão do
petista até o exaurimento de todos os recursos jurídicos. A decisão não diz
respeito ao mérito do caso, logo não está encerrado. O comitê apenas rejeitou
uma interferência urgente, em caráter liminar, antes da análise definitiva da
questão. A defesa do ex-presidente entrou com um primeiro pedido nas Nações
Unidas em julho de 2016. Em nota, os advogados de Lula, Cristiano Zanin Martins
e Valeska Teixeira Zanin Martins, confirmaram a negativa da liminar em favor do
petista, mas ressaltaram que o órgão "alertou as autoridades brasileiras
de que é incompatível com as obrigações assumidas pelo Brasil no Pacto
Internacional de Direitos Civis e Políticos qualquer ato de obstrução “que
impeça ou frustre a análise pelo Comitê [da ONU] de um comunicado alegando
violação ao Tratado, ou que afirme que a expressão dos entendimentos do Comité
é frívola e fútil". O comitê decidiu negar as medidas provisórias
relativas ao pedido — o que significaria uma solicitação por parte das Nações
Unidas para que o Estado interrompesse de imediato uma situação até que o
comitê de direitos humanos examinasse a fundo a queixa reportada. Tal análise
aprofundada pode levar meses ou até anos, o que torna imprescindível que o
órgão se posicione em caráter provisório se analisar que há risco de dano
irreparável.
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