Se o Barrabás brasileiro for tratado como Cristo, só restará para o povo do Brasil, ter vergonha de ser honesto"! |
O
Supremo Tribunal Federal (STF) volta a se reunir nesta quarta-feira (4) para
dar continuidade ao julgamento iniciado no último dia 22 que decidirá se o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva será preso. A sessão está prevista para
ter início às 14h. No julgamento, cada um dos 11 ministros da Corte votará pela
concessão ou pela rejeição do habeas corpus preventivo apresentado pela defesa
de Lula com o objetivo de impedir a prisão do ex-presidente, condenado em
janeiro a 12 anos e 1 mês de reclusão pelo Tribunal Regional Federal da 4ª
Região (TRF-4). Tanto para determinar a prisão quanto para conceder o habeas
corpus que a impediria, serão necessários os votos de pelo menos 6 dos 11
ministros do STF.1 Na sessão, os ministros decidirão se permitem que Lula recorra
da condenação em liberdade até o chamado “trânsito em julgado” do processo – ou
seja, até o esgotamento de todos os recursos possíveis em todas as quatro
instâncias do Judiciário (incluindo as duas últimas, o Superior Tribunal de
Justiça e o próprio STF). Em 2016, numa decisão provisória, por 6 votos a 5, o
STF permitiu a chamada “execução provisória” da pena, pela qual o réu já pode
ser preso se condenado na segunda instância da Justiça – caso do TRF-4.
Ministros contrários à prisão em segunda instância defendem uma nova
deliberação do STF sobre o assunto, de caráter definitivo, mas ainda não há
data marcada para isso. A nova análise depende de decisão da presidente do STF,
Cármen Lúcia, que já afirmou não ter intenção de colocar o tema na pauta.
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