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3 de abril de 2018

SOBRAM CRIMES PORQUE FALTA ESTADO EM ITABUNA

Facções criminosas matam em Itabuna, porque demonstram
terem muito mais força e presença física, que o Estado.
Os brutais assassinatos de jovens em Itabuna, não tem como responsável o Estado, mas exatamente o seu contrário: a ausência do Estado. A Bahia e o Brasil vivem um processo de esfrangalhamento das suas instituições fundamentais. Qualquer país que almeje ser civilizado e, como o Brasil, candidato a potência internacional no tabuleiro das grandes nações, precisa de 4 fatores: um Estado forte, a democracia efetiva, consolidada com os Poderes institucionais equilibrados, uma indústria dinâmica e competitiva, uma sociedade razoavelmente consciente do seu protagonismo. Hoje, temos uma nação com suas instituições esgarçadas onde predominam os interesses das corporações em detrimento do Estado-nação. E uma Bahia onde o Estado pretere investimentos em segurança e esbanja muito maior volume de gastos com propaganda. Além destes fatos, temos uma sociedade “pilhada” diuturnamente e fake news, em que predomina a pauta de um contra todos e todos contra qualquer um, num tipo de ódio galopante, que atinge os setores médios da sociedade. E uma economia em crise onde áreas estratégicas são abatidas em cumplicidade com grupos que mais parecem organizações criminosas como a máfia. Os brutais assassinatos de jovens itabunenses, sem as repercussões de homicídios que ocorrem no Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador, não há como serem entendidos fora desse cenário. O que mais resulta de indignação nas centenas de assassinatos que acontecem todos os anos em Itabuna, é o fato de mais de 90% desses crimes estarem no rol dos insolúveis. E esta impunidade deve merecer os esforços que faltaram para evita-los. Caso contrário não há justiça, fica a impunidade, além da guerra generalizada de facções e raios que infernizam Itabuna. E as vidas de jovens, irremediavelmente, perdidas.

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