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29 de abril de 2018

PP VIRA OÁSIS PARA POLÍTICOS EM 2018

Cajado e seus demais correligionários "viraram a casaca" e hoje são "petistas"! 
O PP promete ser uma das maiores surpresas das eleições de 2018. O partido é um dos que mais atraem deputados para a bancada e tornou-se um “oásis” para quem quer concorrer. Desde as eleições de 2014, conseguiu 17 novos nomes na Câmara — sete deles apenas na janela partidária deste ano. E como não está focando na eleição majoritária, pretende derramar rios de dinheiro na eleição parlamentar. Para o professor Joviniano Neto, cientista político da Universidade Federal da Bahia, a imagem do PP, até por ele não ter tanta visibilidade, ficou menos nítida diante dos escândalos de corrupção. O bombardeio da crítica e da opinião pública não se concentrou na legenda. “É um partido de centro, flexível para azeitar outras candidaturas. Não tem a imagem tão desgastada como o MDB, apesar de ser o partido que teve mais pessoas acusadas de corrupção na Lava Jato. Como a concentração das críticas caiu nas mãos do PT de Lula e no MDB de Temer, o PP não foi tão atingido e tem uma posição que permite você participar do governo a nível federal e, no caso da Bahia, estadual. E fazer alianças de acordo com os objetivos eleitorais”, avalia à Tribuna. Aqui na Bahia, por exemplo, o deputado federal Claudio Cajado (PP) chamou a atenção ao migrar para a legenda após quase três décadas como seguidor do ‘carlismo’. O parlamentar, que deixou o DEM após a desistência do prefeito ACM Neto de concorrer nas urnas, escolheu o partido do vice-governador João Leão para se abrigar em uma confortável posição já que o PP está com o cofre abarrotado em função da ausência de nomes para as majoritárias. “Para quem é candidato a deputado federal e estadual, que depende da distribuição dos recursos partidários, duas coisas influenciam: uma é não ter candidato na chapa majoritária, já que partido da majoritária tem que viabilizar recursos e tempo para ajudar o candidato principal; e a outra é o modo como dentro do partido se define a distribuição dos recursos para as campanhas”, diz Joviniano. A dança das cadeiras na Câmara dos Deputados no início de abriu sinalizou o enfraquecimento do MDB e a expansão dos partidos de centro. Após a eleição, a expectativa é que o PP chegue bem próximo ao número de parlamentares do PT – que voltou a ser a maior bancada, mesmo depois de perder oito deputados. E em política, é sempre bom lembrar: quanto maior é a bancada, mais recursos e poder de barganha têm os partidos... Por Henrique Brinco.

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