Cajado e seus demais correligionários "viraram a casaca" e hoje são "petistas"! |
O PP promete ser uma das maiores surpresas das eleições de 2018. O
partido é um dos que mais atraem deputados para a bancada e tornou-se um
“oásis” para quem quer concorrer. Desde as eleições de 2014, conseguiu 17 novos
nomes na Câmara — sete deles apenas na janela partidária deste ano. E como não
está focando na eleição majoritária, pretende derramar rios de dinheiro na
eleição parlamentar. Para o professor Joviniano Neto, cientista político
da Universidade Federal da Bahia, a imagem do PP, até por ele não ter tanta
visibilidade, ficou menos nítida diante dos escândalos de corrupção. O
bombardeio da crítica e da opinião pública não se concentrou na legenda. “É um
partido de centro, flexível para azeitar outras candidaturas. Não tem a imagem
tão desgastada como o MDB, apesar de ser o partido que teve mais pessoas
acusadas de corrupção na Lava Jato. Como a concentração das críticas caiu nas
mãos do PT de Lula e no MDB de Temer, o PP não foi tão atingido e tem uma
posição que permite você participar do governo a nível federal e, no caso da
Bahia, estadual. E fazer alianças de acordo com os objetivos eleitorais”,
avalia à Tribuna. Aqui na Bahia, por exemplo, o deputado federal Claudio Cajado
(PP) chamou a atenção ao migrar para a legenda após quase três décadas como
seguidor do ‘carlismo’. O parlamentar, que deixou o DEM após a desistência do
prefeito ACM Neto de concorrer nas urnas, escolheu o partido do vice-governador
João Leão para se abrigar em uma confortável posição já que o PP está com o
cofre abarrotado em função da ausência de nomes para as majoritárias. “Para
quem é candidato a deputado federal e estadual, que depende da distribuição dos
recursos partidários, duas coisas influenciam: uma é não ter candidato na chapa
majoritária, já que partido da majoritária tem que viabilizar recursos e tempo
para ajudar o candidato principal; e a outra é o modo como dentro do partido se
define a distribuição dos recursos para as campanhas”, diz Joviniano. A dança
das cadeiras na Câmara dos Deputados no início de abriu sinalizou o
enfraquecimento do MDB e a expansão dos partidos de centro. Após a eleição, a
expectativa é que o PP chegue bem próximo ao número de parlamentares do PT –
que voltou a ser a maior bancada, mesmo depois de perder oito deputados. E em
política, é sempre bom lembrar: quanto maior é a bancada, mais recursos e poder
de barganha têm os partidos... Por Henrique Brinco.
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