O povo está "comendo o pão que o diabo amassou" e o governo sempre o trata como um "João Ninguém"! |
Virou rotina acordar com notícias de novas operações
policiais no Brasil. Se por anos a Lava Jato dominou os noticiários, agora
outras frentes de combate a crimes começam a ganhar reforço. A corrupção e as
facções criminosas ocupam espaços semelhantes e, por vezes, até se misturam. O
fato é que ambas precisam ser combatidas para que a sociedade alcance o que
almeja, um país melhor para se viver, com mais segurança, educação de
qualidade, saúde acessível e respeito ao próximo. Por anos seguidos Raios A, B e DMP espalham o medo Itabuna. Começaram
com assaltos, furtos, roubos e tráfico de drogas, depois vieram vídeos com
"castigos" a membros que não cumpriam as regras, ameaças e homicídios
quase diários. O Estado parece estático, inerte. Infelizmente, não há reação e
o que mais nos deixa perplexo, é que o crime organizado é comandado, de dentro
das prisões. Não há como culpar a descrença de parte da sociedade, que não
reage com as ações até aqui, que comparadas a todos esses anos de descaso,
realmente são muitos pequenas. Afinal, são anos e anos de saúde cada dia pior,
de educação ladeira abaixo, de uma segurança que não assegura tranqüilidade à
sociedade. Mas se antigamente era certo que crime de "colarinho
branco" não dava cadeia, hoje a história não é bem mais essa. O Brasil
está vendo políticos irem para prisão e ficarem mais tempo do que jamais
acreditaram, embora menos que deviam. A certeza da impunidade mostrou as celas
frias, a falta de companhia. Regalias muitos continuaram tendo, mas na prisão,
impedidos de sair daquele espaço, de mandar e desmandar como eram acostumados. Políticos
ou não, infelizmente, quando de volta às ruas, muitos criminosos demonstram no
olhar que nenhuma mudança aconteceu. Na primeira oportunidade farão tudo
novamente. Estelionatários não vão deixar de aplicar golpes. Estupradores não
deixarão de cometer crimes sexuais. Políticos não deixarão de mentir e querer
se dar bem. E muitos deles voltarão à prisão, sairão de novo, voltarão e assim
vão levar toda a vida. O que a sociedade espera é que a segurança pública comece
a agir com rigor, com a determinação de vencer as facções criminosas e que as
ações não esfriem com o tempo, ao passar as eleições ou com o novo governo. E a
sociedade também espera a reação na saúde e educação.
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