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| As quadrilhas de invasores de terras agem impunes na Bahia |
Certo dia, um homem aflito pelos
problemas financeiros prometeu que, se ganhasse dinheiro suficiente para
resolver suas dificuldades, venderia sua fazenda e doaria o dinheiro aos
pobres. Esse dia finalmente chegou e ele, então, teve de cumprir sua promessa.
A dificuldade é que já não estava mais disposto a se desfazer de tanto
dinheiro. Então bolou uma estratégia desonesta. Colocou a fazenda à venda por
um real e quem a comprasse teria de levar junto a vaca, por setecentos e
cinquenta mil reais. Assim foi que vendendo a fazenda deu um real para um pobre
mendigo. A astúcia recebe vários nomes, esperteza, olho vivo, competência,
inteligência. Não importa qual nome se dê, ela será sempre uma atitude
desonesta. Esta é a metáfora a que recorri, para relatar um fato ocorrido aqui
na micro região cacaueira da Bahia, envolvendo um dos empresários mais avarento
de Itabuna e sua esperteza para se livrar de predadores travestidos de
defensores da reforma agrária, que decidiram invadir sua fazenda que estava
avaliada em mais de 750 mil reais. O avarento sabia que uma invasão de grupos
de Sem Terra à sua propriedade rural, resultaria em perda total; muita dor de
cabeça e uma fortuna para solucionar o problema. Com quase 90 anos de idade,
ele não teria tempo para essa contenda. Então surgiu-lhe a idéia de vender imediatamente
a fazenda, para um prefeito sulbaiano, que havia se mostrado interessado, mas
questionara o valor cobrado. E para surpresa do prefeito, houve a imperdível
oferta de venda da fazenda por 250 mil reais. O alcaide sabedor da honestidade
do avarento, comprou e pagou em espécie sem nem exigir os documentos cartoriais,
pois a condição era do pagamento ser efetuado naquele mesmo dia. Só um dia depois
o prefeito soube que a pressa decorria da informação de que a fazenda seria
invadida por “Sem Terra” no sábado subsequente. Resumo da ópera-bufa: o
prefeito teve que pagar 20 mil reais para os malandros desistirem de ocuparem a
fazenda; o prefeito comprou a propriedade por um terço do seu valor e o
avarento lucrou um terço do valor que perderia, para os vigaristas e
terroristas, que lucraram 20 mil reais, para se armarem para novas ameaças e
invasões.

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