| A estudante Kel é vítima dos crimes de sequestro, assassinato; da ineficiência das investigações e omissão da sociedade! |
Ouço choros e desespero pela memória da vereadora carioca,
Marielle Franco (PSOL), 38, que foi assassinada a tiros, no Centro do Rio de
Janeiro. E as autoridades revelam que o crime tem indícios de participações de
milicianos e policiais. Também vejo prantos e lamentações contra o regime sírio,
por um ataque com armas químicas que teria matado centenas de crianças e os
Estados Unidos, França e Inglaterra estão empenhados em punirem os criminosos. Marielle
e as crianças sírias foram vítimas de covardia, crueldade e com certeza, seus
algozes serão castigados por suas crueldades. Devemos chorar e lamentar por
essas mortes e exigir que seus autores sejam identificados e punidos com o rigor
das leis. Mas ninguém chora pelo desaparecimento e suposta morte da estudante
Clébia Lisboa, conhecida como Kel Lisboa, que está desaparecida desde o dia 30
de dezembro de 2011. Ela saiu para fazer compras no centro de Itabuna e nunca
mais foi vista... nem morta, ou viva! Só há silencio sobre informações que
possam levar ao paradeiro da jovem e nenhuma autoridade age para elucidar este
crime. Por Clébia, não existem passeatas, documentários, reportagens,
investigações, notas de partidos políticos, OAB, ABI e nem missas ou cultos
religiosos. Para Clébia não há moções de louvor, medalhas, placas de honra ao
mérito e congratulações, suplicas para que os investigadores de polícia
esclareçam o que houve e está havendo com o “Caso de Clébia Lisboa”. Kel foi
vítima de covardia, crueldade e seu algoz não está sendo castigado por esta
crueldade. Kel está sendo vítima pela inércia da sociedade e pela falta de um
só amigo, ou amiga, que possa liderar um movimento e busca do que de fato
aconteceu. Algumas pessoas que não choram por Kel, talvez amanhã possa estar em
seu lugar e sem ter ninguém para lamentar e chorar seu infortúnio. Quem não chora
por Clébia, deve chorar pela impunidade que deve estar fazendo seu assassino escarnecer
de todos nós e zombar da ineficiência das investigações.
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