Polícia prende e Justiça solta, quando o preso não é preto e pobre! |
O ministro da Segurança Pública,
Raul Jungmann, anunciou na terça-feira (24) que será realizado a partir de
junho um convênio com as defensorias públicas de todo o país para analisar os
casos da população carcerária e reduzir o deficit do sistema prisional. A
expectativa é que, até o fim do ano, sejam atendidos pelo menos 50 mil presos,
o que representa cerca de 7% da população carcerária do país. “Hoje temos uma
superpopulação carcerária, que transforma os nossos presídios em arenas de
conflitos, que terminam em massacres. É preciso também que aqueles que já
cumpriram a pena e poderiam estar fora venham a sair. Fazendo isso estamos
reduzindo o deficit de vagas no sistema prisional e outros que tenham cometido
crimes considerados hediondos poderão entrar”, explicou o ministro. A proposta
foi apresentada a Jungmann pelo Colégio Nacional de Defensores Públicos Gerais
(Condege). Segundo o ministro, a ideia é focar em presos que cometeram pequenos
delitos e que podem ser recuperados pela sociedade. De acordo com o ministro,
atualmente o Brasil tem a terceira maior população carcerária do mundo, com 726
mil apenados, sendo que cerca de 40% são presos provisórios. “É melhor
colocá-los no semi-aberto, com tornozeleiras ou penas alternativas do que jogar
esses jovens na mão do crime organizado, de onde eles jamais sairão”, aponta
Jungmann.
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