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| No final, todo dinheiro do mundo, terá sido apenas o desperdício de oportunidades do viver tranquilo! |
Uma
das coisas que mais nos aprisionam é o dinheiro. Dependendo da situação, essa
prisão vem, tanto pela falta, pela quantidade certa de nossos gastos, ou,
também, pelo excesso. Muitas vezes adquirimos um padrão de vida do qual não
queremos abrir mão e isso tem um custo: via de regra é trabalhar mais e mais. A
grande questão é que não fomos educados para usar o dinheiro a nosso favor. O
nosso grande sonho é termos uma formação (e passamos isso aos nossos filhos)
para, a partir daí, trabalharmos muito, ganharmos dinheiro, nos aposentarmos,
para que possamos ter uma vida tranquila. Outro dia, ao final da jornada de
trabalho, chegando onde moro, brinquei com um vizinho: "é, mais um
dia!". E ele me disse: "na verdade é menos um dia". E é verdade.
Cada dia que passamos é mais um em experiências e menos um em nossas vidas. O
que eu fiz nas últimas 24 horas? Valeu a pena? Quais experiências foram boas
para mim e para as pessoas que se relacionaram comigo? Quando não fazemos isso,
nem vemos a vida passar. A verdade é que muitos buscam a segurança no emprego.
E essa busca de segurança é que aprisiona. Passamos a ter que "engolir
sapo" de chefe (que não foi preparado para cargos de liderança), trabalhar
em sistemas organizacionais doentios (implantados por pessoas sem a mínima
capacidade gestora), estudar, se capacitar, se especializar e vender horas (ao
invés do seu resultado), e assim por diante. Quando viramos empresários, somos
levados a acreditar que precisamos estar presentes o tempo todo em nossa
organização. Muitos, ainda, abrem empresas para poderem ter o seu emprego e
empregar a família. Ficamos mais presos do que antes. No fim, a vida passa e a
tão esperada tranquilidade não vem, seja ela no quesito financeiro ou mesmo de
poder ser dono de sua vida (tem dinheiro, mas não é dono de seu tempo se parar
de trabalhar, o dinheiro acaba). Por tudo isso, fica uma pergunta: até quando
esperar por essa vida tranquila? Quantos dias desperdiçar dessa vida tão rara e
tão curta? Até quando você terá sopro de vida? Quantos anos está disposto a
servir ao dinheiro? Qual o antídoto?
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