Saber caminhar requer aprender com as quedas! |
A triste história da
adolescente que recebeu vaselina na veia no lugar de soro revela de forma
trágica que um simples erro humano pode ser fatal. Um hospital de São
Paulo, que tinha a tarefa de socorrer a paciente, seguiu pelo caminho inverso.
As embalagens eram idênticas, mas os conteúdos bem diferentes. Já disse o Sábio
que “há caminhos que parecem certos, mas podem acabar levando para a morte”
(Provérbios 14.12). Segundo estatística, a probabilidade de morte decorrente de
remédios mal administrados em pacientes hospitalizados é três vezes maior do
que as mortes por acidente automobilístico. Falhas humanas desta natureza estão
cada vez mais evidentes quando depende-se da tecnologia para quase tudo nesta
vida cibernética. A palavra “cibernética” vem do grego e significa “timoneiro”,
aquele que pilota a embarcação. Hoje é um termo usual para expressar a
complicada relação homem-máquina. Além da nociva dependência tecnológica,
também nos transformamos em robôs ao fazermos as coisas automaticamente – sem
nos dar conta dos atos e das consequências. Deve ter sido assim com a
enfermeira, também vítima da rotina estressante de um despreparado hospital.
Ela não percebeu que injetava na veia da menina a própria morte. É Advento,
tempo para fugir da automação espiritual e refletir mais atentamente sobre o
que é soro e o que é vaselina nesta sociedade que virou um grande e confuso
hospital. Igual a ambulância que pede passagem, esta é estridente sirene para o
Natal do Deus que se tornou gente a fim de salvar as gentes desenganadas.
Graças a Deus que ainda é tempo para dar passagem.
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