Não há nenhum outro ambiente, mais propício ao riso falso, que o da política! |
Já perdi as contas de quantas vezes escutei a frase “Um sorriso vale
mais que mil palavras”. Por esses dias, ao conversar com alguns colegas de
imprensa, um deles lembrou esse ditado e, devido à situação, isso me fez
refletir: Mas quais palavras, exatamente? Palavras sinceras ou palavras falsas?
A princípio, parece sem sentido o questionamento, mas, quando você para e
pensar melhor, consegue perceber que, em muitos casos, esse tal “sorriso” pode
te fazer feliz ou te ludibriar. Um sorriso pode significar apenas um “sim”, ou
pode parecer um “sim” e significar um nervoso “apenas pare de falar”, “se
afaste”, “não estou a fim de ouvir isso”, enfim, um sorriso pode significar
diversas coisas. Usamos um sorriso para esconder o nosso desconforto, para
reagir à dor, à tristeza ou ao desgosto, ou às vezes para mostrar que estamos
tristes ou decepcionados. Não preciso contar para ninguém aqui que algumas
pessoas são melhores do que outras na arte de forçar sorrisos. Porém, é fato
que há uma clara diferença entre um sorriso verdadeiro e um falso. A pergunta
é: como saber diferenciá-los? Dizem por aí que é muito fácil notar a diferença
entre o riso fingido e o espontâneo. Quanto a isso, preciso discordar. Cada dia
que passa as pessoas estão se tornando mais experientes na “arte de enganar os
outros”, portanto, em minha opinião, decifrar o sorriso de alguém que já está
acostumado e ludibriar as pessoas dessa forma, não é tão fácil assim.
Cientificamente, no sorriso sincero é impossível controlar o músculo que fica
ao redor dos olhos; ele é contraído e não conseguimos evitar que se formem os
pés-de-galinha quando sorrimos de maneira natural. Ou seja, ao sorrir
naturalmente aparecerem os pés-de-galinha ao lado dos olhos. Pena que a ciência,
pelo menos nesse caso, não ajuda em nada. Quem vai observar os pés-de-galinha
de alguém quando se está conversando? Eu, pelo menos não! Prefiro confiar no
meu instinto, embora em muitos momentos, e bota momentos nisso, ele falhe.
Enfim, seja lá qual for à orientação científica para discernir um sorriso falso
de um sincero, ainda opto por manter perto aquelas pessoas que me transmitem
confiança. Afinal de contas, todo mundo está sujeito a se esbarrar no tal
sorriso falso. O que vale é não se deixar abater por pessoas que não valem a
pena.
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