Lúcio está na iminência de ser expulso da política! |
Os cinco
deputados estaduais do MDB avaliam a possibilidade de sair isoladamente ou em
bloco da sigla até abril. Com a decisão de partidos como o DEM e o PSDB,
parceiros nas últimas eleições da legenda, de não se coligarem com a
agremiação, os parlamentares avaliam que não lhes restará outra alternativa,
senão seguir na direção de siglas que lhes garantam a reeleição. O movimento
decorre da decisão do deputado federal Lúcio Vieira Lima de ficar no MDB,
apesar dos apelos para que se afastasse e ingressasse num outro partido do
grupo hoje aliado ao prefeito ACM Neto (DEM), pelo qual pudesse disputar a
reeleição, sem trazer a carga de desgaste que passaram a associar a seu nome
desde o episódio da descoberta de um bunker com R$ 51 milhões atribuído a seu
irmão, o ex-ministro Geddel Vieira Lima. Com a negativa de Lúcio, PSDB e DEM
fecharam questão contra uma coligação com o MDB por medo de serem atacados na
campanha. Com a debandada, o MDB ficaria apenas com o próprio Lúcio, que tenta
agora articular uma chapinha, inclusive com candidato próprio ao governo, e um
grupo de candidatos a deputado que serviriam como “escada” para assegurar a sua
reeleição, utilizando-se da farta parcela do fundo eleitoral a que a legenda
tem direito. O problema do irmão de Geddel, no entanto, é que achar nomes que
se disponham a fazer parte do plano, no qual o maior beneficiário seria ele
próprio, está ficando difícil, segundo os deputados do MDB. A maioria dos
consultados por Lúcio teria chegado à conclusão de que, na melhor das
hipóteses, o único que se elegeria em outubro seria o medebista, o que não
justificaria a decisão de saírem candidatos apenas para fazer ponte para sua
reeleição. Integram hoje a bancada estadual do MDB e se preparam para deixar a
legenda, para os partidos mais diversos, os deputados Leur Jr., Pedro Tavares,
atual presidente estadual da legenda, Luciano Simões Filho, Hildécio Meirelles
e David Rios.
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