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1 de março de 2018

O SISTEMA SÓ AGRADA AOS NOSSOS ALGOZES

No presidencialismo, os partidos são feudos de corruptos!
Se me falasse tempos atrás que a solução política do Brasil passaria pela mudança do presidencialismo para o parlamentarismo, eu discordaria de você. Afirmaria que o parlamentarismo traz instabilidade, que o serviço público não estaria pronto, etc., etc. Como não tenho ideia fixa, mudei meu pensamento diante dos fatos que hoje presenciamos boquiabertos! Se a posição do presidente Temer é insustentável e a crise se alastra na política, embora a economia esteja dando sinais de recuperação, não temos instrumentos constitucionais para convocarmos uma nova eleição e já estamos a 7 meses do dia em que os brasileiros deverão eleger o próximo presidente(a). Assim terá fim o governo Temer, carcomido por denúncias de corrupção, sem apoio no Congresso para promover reformas, apanhando feito cachorro sem dono de tudo e de todos, com índices e rejeições de fazer inveja às mais catastróficas ditaduras de esquerda. No parlamentarismo teríamos a queda do governo da forma mais natural do mundo, com uma nova conjunção de forças, que, não desse em nada, resultaria na convocação de novas eleições para a composição de novas forças que poderiam governar o país. Hoje o serviço público funciona como uma máquina azeitada que não se ressentiria da presença de um novo governo e comprovaria que os milhares cargos em comissão são cabides de emprego para parasitas, que poderiam ser reduzidos drasticamente. O presidencialismo foi implantado sem que tivéssemos a menor experiência com ele e resultou, após tantos anos, em aventuras ditatoriais e culto a personalidades, vide Getúlio, JK e mais recentemente Lula. E o pior, gera reações apaixonadas e cegas como se o grande líder fosse uma alma imaculada que jamais poderia ser objeto de contestação ou indignação. No parlamentarismo dificilmente se constroem heróis e os políticos terão de abraçar partidos com identidade própria e não apenas casas de abrigo e balcões de comércio, como hoje. No caso de impeachment, como foi o que ocorrera com Dilma, tiraríamos a presidente, mas manteríamos o seu vice, como foi com Temer, ou seja, trocaríamos seis por meia dúzia, já que mudamos para não mudar nada, e não me refiro as atuais circunstâncias, mas a qualquer um que tenha concorrido em uma mesma chapa, comungando dos mesmos princípios e discursos. É tão falsa a promessa de mudança quanto um falso brilhante. Reluz, mas no fundo não vale absolutamente nada.

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