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25 de fevereiro de 2018

O ELEITOR ESTÁ MAIS EXIGENTE E DECENTE

Hoje o eleitor tem mais consciência sobre o dever do político
Que conceito o eleitor faz hoje do político? Pesquisas mostram que, de cada 100 brasileiros, apenas 3 confiam nos políticos. Escândalos em série registrados nos últimos tempos contribuem para a má avaliação. E que perfis conseguem atrair a atenção? Vejamos. A autoridade é seguramente um deles. O brasileiro sente-se atraído pela figura do pai, que expressa autoridade, respeito, o homem providencial capaz de suprir as necessidades da família. Mas não se deve confundir autoridade com autoritarismo, aqui estendido à arbitrariedade. O equilíbrio atrai a atenção, pois está ligado à harmonia, à serenida­de e valor que carrega sentimento de justiça. Estes valores somam-se, conferindo ao político confiabilidade e respeita­bilidade, base para a consolidação de uma boa imagem. Os desafios da administração e as demandas sociais exigem conhecimento e experiência, fer­ramentas para o encontro de soluções rápidas. O eleitor desconfia de aventureiros e ignorantes por consi­derá-los “aposta cega, um tiro no escuro”. O preparo e o ideário bem organizado podem melhorar a ima­gem. O bom candidato é também aquele que sabe articular, fazer intermediação e interação com os grupos organizados. Urge respirar o “cheiro das ruas”. A proximidade com o povo se faz necessária. E os valores negati­vos? Indecisão é um deles. Associa-se à idéia de pessoa sem personalidade, fraca, insossa. Encrenqueiro e corrupto, então, nem se fala: são traços negativos. O eleitor desconfia de estilos rompantes, im­petuosos e viradores de mesa. Mudanças são desejáveis, contanto que não causem grandes sustos. Quem está ligado às teias de corrupção será visto com desconfiança. É difícil se purificar. Perfis sem programas, conhecimento de temas, terão voo curto. Morrerão antes de chegar à praia, às urnas. Há um conceito que forma o esqueleto vertebral do político: a identidade, que abriga a história, o pensamento, a coerência, os sentimentos e a maneira de ser. Se a identi­dade é forte e positiva, o político será associado às boas lembranças de seus eleitores. Uma boa imagem, porém, não nasce e cresce no espaço de uma campanha. Conselho ao eleitor: comece, desde já, a focar sua lupa sobre os perfis dos eventuais protagonistas.

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