O SOM QUE NÃO DÁ PRA OUVIR

Ou Som não sabe, ou finge não saber do custo do carnaval.
E o quanto serviços sociais estão sendo preteridos pela festa

Existem momentos em que o silêncio é ao que melhor pode se submeter, quem não sabe recorrer ao bom senso e pertinência de respostas. Este fato se encaixa, perfeitamente, como o parafuso na ruela certa, na errada resposta do secretário de Administração de Itabuna, Dinailson Oliveira, o Son, em entrevista ao repórter Oziel Aragão, ao afirmar que a prefeitura só gastará R$ 90 mil para a realização do carnaval antecipado, programado ser realizado de 18 a 21 de janeiro. E pra depois não falarem, que o que é ruim não pode piorar, Som ainda destacou, o parcelamento dos custos dos R$ 90 mil do carnaval, em cotas para os meses de março e abril. Quiçá não saiba o nobre secretário, que apenas com alimentação de servidores da prefeitura, bandas musicais e policiais, envolvidos no evento, os custos serão superiores ao valor por ele mencionado. Talvez não saiba Som, que a Fundação Itabunense de Cultura e Cidadania (FICC), vai pagar R$ 525 mil somente com trio elétricos, decoração e banheiros químicos. E que muitos outros milhares de reais estão sendo investidos, para contratações de atrações musicais, instalações de infra-estrutura, hospedagens e publicidade. Há também o custeio de pinturas, pavimentações e urbanização no circuito do carnaval. E os gastos não acabam aí. Existem também o pagamento de horas extras e o aparato funcional a que tem direito os trabalhadores de diversas secretarias envolvidas na coordenação do carnaval. Enfim, o que a prefeitura de Itabuna irá gastar para realizar a festa do “Rei Cuma”, é dezenas de vezes maior que os R$ 90 mil que Som anunciou. Serão quase TRÊS MILHÕES de reais, que poderiam ser aplicados, por exemplo, para que não permanecesse faltando médicos e medicamentos nos postos de saúde!