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14 de janeiro de 2018

E AGORA JOSÉ, FAZER O QUE?


Os maus políticos tem tornado em inferno a vida do povo!
Imaginemos neste início de artigo, que num acidente de automóvel um indivíduo fique pendurado numa ponta de uma ponte que balança no abismo e ele não sabe o que fazer para sair da armadilha que o acidente o meteu. Se não ficar imóvel o pêndulo onde está se precipitará no abismo. O tempo passa e está ficando impossível continuar imóvel. O que fazer ou não fazer? Alguns e nem todos contam com a sorte! E, naquele momento, o imponderável fez das suas e o salvou. Mas, agora saíamos do imaginário e partamos para a realidade: no País do futebol, onde o Criador teria nascido, já usamos e abusamos da sorte. O imponderável está cansado de nós. Ele já fez muitas vezes o que era preciso, mas nós não fizermos o dever de casa e continuamos neste pêndulo que balança, mas não cai. A inércia, entretanto, não é lugar para ficar. Ou continuamos a afundar ou emergimos. A incerteza reinou soberana no ano passado. No seu final havia indicadores de que paramos de cair. O certo é que morando aqui ninguém está seguro. E a insegurança é um veneno para os nervos. As próximas eleições neste final de ano são uma incógnita. E até lá haja remédio para dor de cabeça, dor de barriga, coração e pressão incontrolável. Estamos à beira de um ataque de nervos. O salário que não existe e quando existe míngua a olhos vistos. Até o salário mínimo diminuiu. Nem no privilegiado porto seguro do serviço público deixou de entrar água. O governo se equilibra num fio de navalha e vê indícios de recuperação que queremos acreditar que sejam reais. Enfim como será o inferno? Se não é este é coisa parecida! O que resta a nós outros otimistas? Tocar um tango argentino e esperar que alguma cartomante nos preveja um futuro colorido! O que fazer? Eu não sei! Já ouvi um samba e toquei um tambor. Vou perguntar para o Drummond! - E agora, José! Com a chave na mão quer abrir a porta, não existe porta; quer morrer no mar, mas o mar secou; quer ir para Minas, Minas não há mais. Se você gritasse/ Se você gemesse/ Se você tocasse a valsa vienense/ Se você dormisse/ Se cansasse/ Se você morresse... mas você não morre... Você é duro, José!...Sem cavalo preto que fuja a galope, você marcha, José! José, para onde? - Enfim, cansado de tantas incertezas, de prisões, massacres, ladrões, roubos, corruptos e de quantas outras misérias humanas...!

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