Nenhuma reforma melhorará o Brasil, sem que o país não tenha mudança rápida da qualidade dos seus políticos e eleitores! |
Em pleno motim das polícias civil e militar do Rio Grande do
Norte, o Delegado Geral de Polícia se aposentou. O detalhe sórdido: ele tem 47
anos, e se aposentou com um salário acima de 38 mil reais. Não foi só no Rio
Grande do Norte que as tropas federais precisaram intervir para propiciar um
mínimo de ilusão de segurança: Rio de Janeiro, Goiás e Sergipe estavam entre os
estados inflamados pela incontida violência. Os dramas na caótica saúde pública
por todo o País também demonstravam que as festas de fim de ano não conseguiam
esconder que a cruel realidade nacional mantinha-se inalterada no ano que
rompia. A situação perversa da segurança e da saúde públicas e de outras
mazelas nacionais, tem como principal razão o descontrole das Contas Públicas,
mantiveram-se e estão sendo mantidos inalterados em 2018, principalmente porque
os problemas nacionais e suas soluções não foram encarados com a seriedade e a
responsabilidade com as quais necessitavam ser enfrentados pelos atores
públicos. Em um País como o Brasil, crime hediondo é a corrupção e o desvio de
recursos públicos, que pela sua falta matam em escala muito mais pessoas,
crianças inclusive, pela falta de assistência médica, pela falta de condições
sanitárias e de segurança pública, e pela falta de oportunidades na educação do
que os abomináveis crimes citados acima. O diretor-geral de Polícia Civil do
Rio Grande do Norte vai viver pelo menos mais quarenta anos como um nababo,
enquanto o povo, que lhe pagará a aposentadoria precoce e suas mordomias pelo
resto de sua longa vida, continuará maltratado, sofrendo humilhações de toda
ordem. Lá, como em todo o Brasil, os rombos da Previdência Social são o maior
problema das contas públicas. Faço aqui uma humilde sugestão aos políticos de
nosso Estado que vão votar nas reformas e em especial na Reforma da
Previdência: antes de votar essa reforma, consultem o insuspeito e
eficientíssimo secretário da Fazenda Manoel Vitório, ao qual não conheço e
nunca tive a oportunidade de conversar, mas não tenho dúvidas, que um
profissional tão atualizado e competente que trabalha tão bem, não negará às
suas excelências o beneplácito de seu respeitável conhecimento. Ele sabe muito
bem que o caos nesses estados é só uma prévia do que ocorrerá no Brasil se as
reformas não avançarem e, acredito, que pelo seu perfil correto, não se negará
a dizer-lhes a verdade.
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