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Enquanto os "Cumas" ganham, os itabunenses só perdem! |
Crítica é melhor do que autocrítica,
pois é muito menos dolorido julgar os outros do que a si mesmo. No entanto, tem
hora em que somente a autocrítica é capaz de evitar que os desastres continuem
a acontecer. É neste sentido que se mostra oportuno pensar sobre três coisas
que atrapalham diretamente o desenvolvimento de Itabuna, as quais estão ligadas
diretamente a maioria absoluta do povo itabunense e não propriamente aos
políticos como os crápulas do Fernando Geraldo e os mequetrefes Vane e Azevedo.
A primeira delas é ser um povo sonolento, incapaz de ver a realidade como ela
efetivamente se apresenta. Dormir, mesmo que em berço esplêndido, eternamente,
não é vantagem alguma. A segunda, igualmente danosa, é ser um povo que não se
cansa de continuamente falar mal do lugar onde vive, como se o maldizer fosse
útil para mudar as coisas que devem ser mudadas. A terceira, ser um povo que
espera que os outros façam por ele o país que ele mesmo deve fazer para si.
Sim, a terceirização neste caso não funciona, pois quem quer, como diz a
música, faz a hora e, também, o país. E quase 50 mil eleitores não votaram em
nenhum dos nove prefeituráveis em 2016 e este contingente é superior aos 34 mil
votos obtidos por Fernando Gomes (Cuma) que assim foi eleito para seu quinto mandato.
Esse tripé da maldade - dormir, maldizer e terceirizar- está impregnado na alma
do povo itabunense e não nos políticos
que, contrariamente a tudo isto, está acordado, vê a prefeitura de Itabuna com
potencial de ser explorada e trabalha pessoalmente na construção do que lhe
interessa. A autodefesa burra que o povo exerce ao dizer que o problema está no
político e não nele faz com que as coisas continuem do jeito como sempre foram,
numa retroalimentação do caos ao patrocinar o mal que o aflige e faz sofrer. Para
que tudo seja diferente do que quase sempre foi, é preciso que o tripé da
maldade seja imediatamente erradicado da forma de pensar do povo de Itabuna,
sem o que o futuro não será diferente do passado e presente. Deste modo, em
primeiro lugar o itabunese precisa parar de falar mal de Itabuna, pois ninguém
é capaz de gostar daquilo que acha ruim. Aliás, seria patológico alguém gostar
do que desgosta. Se Itabuna for malvista pelos próprios itabunenses, eles permanecerão
a entregando nas garras de aves de rapina daqueles que a veem bem. E,
convenhamos, Itabuna é rica em coisas boas, mesmo que os maldizentes, com tapa
nos olhos, continuem a proclamar de tudo. Em segundo lugar, o itabunense
precisa acordar para tomar pé da situação do seu município, saindo em busca de
informações úteis para inteirar-se da realidade que o cerca, ao invés de se
deleitar com as chamadas fake news (mensagens mentirosas ou montadas) que
viralizam na internet. Em terceiro lugar, o itabunese deve pôr mãos à obra para
mudar o município no qual vive, evitando terceirizar esta tarefa para a classe
política que vem provando, há muito tempo, que não se importa em construir uma
Itabuna para os outros. É tempo de despertar, é tempo de trabalhar, é tempo de
levar a sério a cidadania que se compõe do binômio direitos e deveres, embora
muitos gostem de falar somente dos seus direitos. Vale lembrar aqui apenas
duas, dentre tantas, das famosas leis de Murphy, a primeira que garante que
"se alguma coisa pode dar errado, dará" e, a segunda, que sustenta
"que se há possibilidade de várias coisas darem errado, dará errado a que
causar mais prejuízo". Itabuna tem que dar certo e o povo não terá direito
de reclamar do que lhe sobrevier, se continuar a ser comandado pelo tripé da
maldade.