2018 virá para que possamos superar. resistir e sermos melhores |
Mais do que lamentarmos as incoerências de um ano marcado
por injustiças, devemos aproveitar a chegada de 2018 para caminharmos juntos em
direção à solidariedade e ao respeito mútuo. Parece simples, mas isso requer um
princípio básico: tolerância, o que não ocorreu no período que finda. As
relações humanas foram enfadadas pela discriminação, pela rudeza, pela
perseguição pura e simples; o ódio prevaleceu em várias ocasiões, o que nos
deixa entristecidos, mas também nos motiva a apostarmos na paz. Sou de
uma geração que acompanhou uma revolução de costumes, com movimentos que
pregaram paz e liberdade, que defenderam os direitos das mulheres, dos negros e
das minorias. E hoje vejo com pesar o aumento de ideias extremistas, a ascensão
de governos totalitários em vários países do mundo, o cerceamento das
liberdades individuais: retrocedemos. O ano que chega oferece também a
possibilidade de mudanças estruturais, com um parlamento novo e um Executivo
que esteja comprometido com os desejos do povo. Esperamos que essas mudanças
acabem chegando ao Judiciário, que em 2017 protagonizou cenas espantosas com
idas e vindas processuais que confundiram a sociedade. Em muitos momentos, os
juízes guiaram-se mais pela emoção do que pela razão e se deixaram levar pela
onda midiática, o que acabou resultando na supressão do direito de ampla defesa
em diversas ocasiões. E ainda não prendeu Lula. Como pai, avô, cidadão,
não posso ceder ao pessimismo, acho que ninguém pode. O Brasil é ainda regido
por uma Constituição, a ela devemos respeito. Precisamos aprimorá-la, é fato,
mas ela nos une. Somos mais fortes se formos solidários, se obedecermos a Lei e
valorizarmos os direitos humanos. Temos que continuar acreditando que o ser
humano é naturalmente bom. Feliz 2018!
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