As autoridades não estão agindo para tranquilizar Itabuna! |
A imprensa mostra uma
realidade cruel em Itabuna: os assassinatos de jovens permanecem submetendo a
cidade à condição de uma das mais violentas do país. No ano passado, Itabuna já
registrava um grande número de homicídios, chegando a 125 contra os 95 de 2015,
ou seja, um aumento de 31%. Neste início de novembro de 2017, Itabuna já conta
seu 103° homicídio. Segundo a estatística levantada pelas polícias, metade dos
crimes aconteceu na Califórnia, São Caetano, Nova Califórnia, Santa Inês,
Jardim Grapiúna, Santo Antônio, São Roque e Fátima. Abril foi o mês mais
violento, com 20 assassinatos. Além do mapeamento dos bairros mais vulneráveis
e a confirmação das drogas como causa principal dos assassinatos, vários
fatores individuais também são vinculados a um aumento do risco de homicídio,
incluindo a raça. É fácil perceber pelo noticiário policial, que em Itabuna, a
taxa de homicídios entre adolescentes homens negros é muito maior que entre os
brancos. Entretanto, esses adolescentes tendem a viver em comunidades com
níveis mais elevados de homicídio, com desigualdade social e de renda,
disponibilidade de armas, presença de tráfico de drogas, uso generalizado de
drogas e álcool, falta de oportunidades de emprego e com desorganização e
segregação urbana. Esses noticiários chamam a atenção para algo chocante: a
maioria dos homicídios contra adolescentes acontece em decorrência do conflito
entre as facções criminosas, que determinam os bairros onde os integram de
Raios rivais podem, ou não, transitarem. Isto faz Itabuna está entre aqueles municípios
com as taxas mais alta de homicídios de adolescentes do Brasil. Também é fácil
perceber, que os principais fatores que contribuem para que essa violência
aconteça, incluem desigualdades econômicas e sociais agudas, normas sociais e
culturais que toleram a violência, falta de políticas e legislação adequadas,
serviços insuficientes para as vítimas e investimentos limitados para prevenir
e responder à violência. Para superar esse quadro, é preciso que os governos
tomem medidas urgentes, como fortalecer os marcos legais e políticos, melhorar
os serviços de atenção às vítimas e estabelecer planos para reduzir a violência,
principalmente, contra as crianças e os adolescentes.
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