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7 de novembro de 2017

O QUE É PRECISO FAZER PARA ITABUNA CONTER A SINA DE TANTOS ASSASSINATOS?


As autoridades não estão agindo para tranquilizar Itabuna!
A imprensa mostra uma realidade cruel em Itabuna: os assassinatos de jovens permanecem submetendo a cidade à condição de uma das mais violentas do país. No ano passado, Itabuna já registrava um grande número de homicídios, chegando a 125 contra os 95 de 2015, ou seja, um aumento de 31%. Neste início de novembro de 2017, Itabuna já conta seu 103° homicídio. Segundo a estatística levantada pelas polícias, metade dos crimes aconteceu na Califórnia, São Caetano, Nova Califórnia, Santa Inês, Jardim Grapiúna, Santo Antônio, São Roque e Fátima. Abril foi o mês mais violento, com 20 assassinatos. Além do mapeamento dos bairros mais vulneráveis e a confirmação das drogas como causa principal dos assassinatos, vários fatores individuais também são vinculados a um aumento do risco de homicídio, incluindo a raça. É fácil perceber pelo noticiário policial, que em Itabuna, a taxa de homicídios entre adolescentes homens negros é muito maior que entre os brancos. Entretanto, esses adolescentes tendem a viver em comunidades com níveis mais elevados de homicídio, com desigualdade social e de renda, disponibilidade de armas, presença de tráfico de drogas, uso generalizado de drogas e álcool, falta de oportunidades de emprego e com desorganização e segregação urbana. Esses noticiários chamam a atenção para algo chocante: a maioria dos homicídios contra adolescentes acontece em decorrência do conflito entre as facções criminosas, que determinam os bairros onde os integram de Raios rivais podem, ou não, transitarem. Isto faz Itabuna está entre aqueles municípios com as taxas mais alta de homicídios de adolescentes do Brasil. Também é fácil perceber, que os principais fatores que contribuem para que essa violência aconteça, incluem desigualdades econômicas e sociais agudas, normas sociais e culturais que toleram a violência, falta de políticas e legislação adequadas, serviços insuficientes para as vítimas e investimentos limitados para prevenir e responder à violência. Para superar esse quadro, é preciso que os governos tomem medidas urgentes, como fortalecer os marcos legais e políticos, melhorar os serviços de atenção às vítimas e estabelecer planos para reduzir a violência, principalmente, contra as crianças e os adolescentes.

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