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Câmara

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16 de novembro de 2017

NÃO TEMOS COM QUEM CONTAR NA VIOLÊNCIA QUE NOS CERCA


Os criminosos parecem que estão mais bem organizados que os governantes
A cada notícia de mortes fico convicto de que Itabuna não é mais a mesma e que o caminho para um futuro melhor será estreito. Indigno sim constatar que a violência é uma realidade que coloca a cidade num dos topos entre as mais sangrentas do país. Um levantamento divulgado pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso) mostrou que Itabuna é a 13ª cidade mais violenta do Brasil. Além disso, ainda há o crescimento iminente do narcotráfico, que é praticamente ignorado pelo governo estadual. Recentemente, indo visitar amigos num determinado bairro da periferia de Itabuna, avistei um muro pichado com as iniciais DMP, uma referência ao crime organizado na cidade. Era um lugar que costumava ser pacato. Os crimes estão evoluindo e nós, vítimas, estamos no meio dessa guerra entre facções. Isso não pode prosseguir. Aprendemos a como não ser furtados ou assaltados. Ensinam-nos a como agir para evitar o estupro e a como proteger nossas casas de bandidos. Gradeamos janelas, portas, colocamos arames nos muros, câmeras de segurança e tudo o que o dinheiro é capaz de comprar atualmente, mas, ainda assim, nos sentimos nus diante ao perigo. Outras cidades sofrem também com a violência. É o caso de Simões Filho e Lauro de Freitas, localizadas a pouca distância do gabinete do governador Rui Costa, que parece dá as costas para o combate ao crime na Bahia, ou simplesmente é completamente incompetente para esta tarefa. Não há esperança quando vemos o investimento em propaganda governamental, ser muito maior que o aplicado em segurança pública, embora devamos reconhecer que a repressão não é tudo. Mas também há deficiência e carência de recursos e competência nas áreas de Saúde, Educação, geração de emprego e renda, Assistência Social e Infraestrutura. A sociedade também negligencia no que lhe é de dever. Caso as crianças continuem a crescer em famílias desestruturadas, com criação de baixa qualidade para se tornarem jovens sem oportunidade no mercado de trabalho, a fábrica do crime continuará. Os legisladores precisam agir com sensibilidade para o problema real e deixar de lado essa necessidade compulsiva pela corrupção e o poder. Há muito que se mudar. Enquanto isso, nós vamos continuar trancando nossas portas a sete chaves e orar pela nossa segurança e daqueles que amamos.

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