O Natal de Jesus está sendo preterido, pela festa natalina do Papai Noel |
Itabuna começa a ter os primeiro sinais de que o Natal está próximo. Aos poucos as luzes começam a piscar. As cores vão tomando conta dos comércios, das casas e até das ruas. Ainda falta muito, pouco mais de 30 dias, mas o tempo passa rápido, o tempo voa, e é preciso aproveitar este tempo quando o amor parece ser maior, amizades florescem, a solidariedade aflora. As crianças são pura expectativa. Desde aquelas que acreditam nas histórias dos contos de fadas e no bom velhinho e não veem a hora dele chegar ao shopping para fazer seus pedidos, até as crianças que já cresceram e descobriram que o senhor de barba branca passa é muito calor com aquela roupa toda em Itabuna. Em breve virão as músicas natalinas, que parecem fazer o tempo voltar. A preparação toda para o Natal que vai chegar mais uma vez. O balanço de mais um ano que começa a ser feito. O que foi bom e o que foi ruim. O que fica e o que será descartado. Quem ajudou, quem lhe estendeu a mão, quem esteve lado a lado com você. Enquanto tudo vira clima de festa para uma grande parcela do povo itabunense, infelizmente outra não vê as luzes brilharem próximo de suas casas. Na ceia não haverá comida na mesa mais uma vez. Ao menos que a solidariedade de uma pessoa ou um grupo ajude, pois por mais um ano Itabuna continua com muitas famílias na extrema pobreza, passando fome. Enquanto algumas árvores de Natal ficam recheadas de presentes, em muitas casas crianças sequer sabem como é montar uma árvore de Natal. Felizes ficam se alguém leva um presente, seja qual for. Não há escolha. Há gratidão por receber algo não sonhado, não esperado. Durante anos lidando com estas histórias, Os Correios estão cheios de cartas com pedidos inesperados ao Papai Noel, como arroz e feijão, uma bolacha, uma maça. Pedidos feitos por crianças. E estão na expectativa da chegada de cartas cheias de sorrisos de crianças oferencendo bonecas, carrinhos, bolas e tantos outros brinquedos... de famílias com carrinhos cheios de alimentos para garantir uma ceia no final de ano, um Natal um pouco mais digno. É acreditando na solidariedade, na união da sociedade, que estas ações não morrem e que ações do bem e humanitárias, são possíveis e que ajudar o próximo continua sendo possível. É claro que o correto é que cada cidadão tivesse condições de preparar sua ceia, de comprar os presentes para seus filhos, mas sabemos que este dia está muito longe de chegar. Então, para quem acredita que amor espalha amor, a proposta é se envolver em ações do bem e porque não começar com solidariedade neste final do ano. Fazendo o Natal de alguém um pouco mais feliz, o ano pode começar mais leve e com novos planos para continuar fazendo o bem, pois solidariedade não tem dia, não tem data especial, não tem hora marcada.
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