Cuma parece não enxergar que o PT só o empurrará para o buraco, onde a prefeitura já se encontra! |
Há uma tendência não explícita dos brasileiros, de subvalorizar a escolha de prefeitos e vereadores. Isso porque no imaginário coletivo os eleitos no nível municipal é gente da nossa cidade mesmo, pessoas mais próximas até na definição física. Mas a eleição municipal se reveste de uma importância tão grande quanto a que acontece para eleger o presidente da República (Nacional) e para eleger governador, senador, deputado federal e deputado estadual (Estadual). É na cidade que as pessoas moram. As demandas da comunidade são satisfeitas ou não a partir do ente administrativo mais perto dela, a prefeitura, que por sua vez atua em consonância direta com o legislativo, a Câmara de Vereadores. Um prefeito ruim tem o poder de infernizar o dia a dia de uma cidade. Afinal, pesa sobre a capacidade (ou incapacidade) dele decisões sobre temas como trânsito, saúde, educação básica, transporte coletivo, limpeza das ruas, maior ou menor existência de áreas verdes, e tantos outros serviços públicos que impactam diretamente nossa qualidade de vida. O resumo é que, embora muitos não percebam, escolher prefeito e vereador é coisa séria, muito séria. Mas muitas vezes as campanhas dos postulantes ao cargo são tão parecidas, tão pasteurizadas na embalagem propagandística de marqueteiros, que parecem todos ter estudado na mesma escola, que fica difícil aos eleitores fazer sua opção. Chega o dia de teclar o voto na urna eletrônica — quando será que poderemos votar em casa, pela internet? — e muita gente não teve parâmetros para escolher um nome. O melhor antídoto para isso é o debate. Não só o debate no sentido de confronto pessoal, de acusações, em que os adversários se expõem mutuamente seus podres — quem se propõe a entrar na vida pública está sujeito a isso, são os ossos do ofício da democracia representativa —, mas também de exposição clara de ideias, do tal projeto de governo. Ocorre que o calor da campanha e as limitações da propaganda eleitoral gratuita dificultam essa exposição de forma mais propositiva e positiva ao eleitor, que por sua vez, comete o gravíssimo erro de votar por conta de cédulas de vinte a cem reais; promessas que não podem ser cumpridas e cestas básicas.
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