O Brasil necessita de mais juízes dignos,
sérios e éticos como Sérgio Moro!
|
O juiz Sergio Moro
defendeu a possibilidade de um réu que foi condenado a prisão ser mantido preso
após decisão de segunda instância, independentemente de recurso ao Supremo
Tribunal Federal (STF) ou ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). Durante o 1º
Congresso Brasileiro da Escola de Altos Estudos, em São Paulo, ele considerou que
seria lamentável se réus já condenados passassem a poder esperar em liberdade
uma decisão de instância superior. Moro mandou prender na quarta-feira/23 o
empresário Márcio Bonilho e o operador Waldomiro de Oliveira, ambos condenados
em segunda instância na Lava Jato. É a primeira vez que Moro determina uma
prisão com base em decisão do Supremo Tribunal Federal, de que condenado em
segundo grau pode ter a pena executada. Na terça-feira (22), porém, o ministro
do STF Gilmar Mendes ordenou a soltura de um condenado na mesma situação,
sinalizando mudança de seu entendimento sobre a questão. No evento neste
sábado, Moro ainda argumentou que, em situações de corrupção sistêmica, não é
necessária a comprovação de recebimento de contrapartida de propina para que se
caracterizem casos de corrupção. "Não existe propina grátis",
afirmou. O juiz considerou que o Brasil avançou nos últimos anos no combate a
corrupção e em prol da redução da impunidade. "Muitas vezes pensamos que
estamos fadados a viver em uma corrupção sistêmica, mas não existe dentro do
regime democrático um desafio que não possa ser vencido", disse.
"Avançamos e muito", comentou. "Não é possível retroceder",
completou. Hoje, em evento promovido pela B3 em Campos do Jordão, o procurador
da República e membro da força-tarefa da Lava Jato no Ministério Público
Federal no Paraná, Deltan Dallagnol, disse que se o Brasil quiser seguir pela
impunidade em crimes, o melhor caminho é a revisão de prisão em segunda
instância. Nesta semana, Gilmar Mendes concedeu pedido de habeas corpus para o
ex-presidente do Departamento de Transportes Rodoviários do Estado do Rio de
Janeiro (Detro-RJ) Rogério Onofre. Mas Onofre foi alvo de um novo mandado de
prisão do juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal, do Rio, na Operação
Ponto Final - desdobramento da Lava Jato que cercou a cúpula do Transporte no
Rio. Seu advogado, Yuri Sahione, disse hoje que Onofre vai se entregar. Por
Dayanne Sousa e Fernanda Guimarães.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente no blog do Val Cabral.