Petistas e comunistas não enxergam tirania na Venezuela |
Os três principais
partidos de esquerda do Brasil – PT, PC do B e PDT – intensificaram o discurso
em defesa do regime chavista de Nicolás Maduro na Venezuela no momento que o
país vizinho vive uma escalada de violência política que já deixou mais de cem
mortos desde abril, segundo o Ministério Público local. Na quarta-feira, 19, o
PT e o PC do B subscreveram em Manágua, capital de Nicarágua, a resolução final
do 23.º Encontro do Foro de São Paulo, organização que reúne diversos partidos
de esquerda da América Latina e do Caribe. O texto defende a elaboração de uma
nova Constituição que amplia os poderes de Maduro, exalta o “triunfo das forças
revolucionárias na Venezuela” e diz que a “revolução bolivariana é alvo de
ataque do imperialismo e de seus lacaios”. Presente ao encontro, a presidente
do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), fez um discurso no qual afirmou que o
partido manifesta “apoio e solidariedade” ao governo do Partido Socialista
Unido da Venezuela (PSUV), seus aliados e ao presidente Nicolás Maduro “frente
à violenta ofensiva da direita contra o governo da Venezuela”. FELIPE GONZÁLEZ:
‘DITADURA DE PINOCHET RESPEITOU MAIS OS DIREITOS HUMANOS DO QUE MADURO FEZ’ - O
ex-presidente de governo espanhol, Felipe González, voltou a criticar a
deterioração da democracia e dos direitos humanos na Venezuela. O socialista
voltou a se reunir com Lilian Tintori, mulher do condenado líder opositor
Leopoldo López, e condenou o aumento na repressão aos críticos do governo,
comparando-o à ditadura militar chilena de Augusto Pinochet. “Visitei dois
condenados pela ditadura, que saíram depois em pleno estado de sítio no Chile.
Mas aquele estado de sítio respeitava mais os direitos humanos que o paraíso de
prosperidade e paz de Nicolás Maduro”, criticou. “O julgamento de López burlou
todas as garantias legais, e mostra que o regime de Maduro é arbitrário e
tirânico, traindo a democracia”, denunciou. Após a condenação de López a quase
14 anos de prisão por suposta incitação a protestos violentos durante o início
de 2014, Tintori voltou a fazer turnês mundiais para denunciar o governo
venezuelano e exigir a libertação do marido.
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