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23 de julho de 2017

PT E PCDOB ASSINAM APOIO A REGIME DE NICOLÁS MADURO

Petistas e comunistas não enxergam tirania na Venezuela
Os três principais partidos de esquerda do Brasil – PT, PC do B e PDT – intensificaram o discurso em defesa do regime chavista de Nicolás Maduro na Venezuela no momento que o país vizinho vive uma escalada de violência política que já deixou mais de cem mortos desde abril, segundo o Ministério Público local. Na quarta-feira, 19, o PT e o PC do B subscreveram em Manágua, capital de Nicarágua, a resolução final do 23.º Encontro do Foro de São Paulo, organização que reúne diversos partidos de esquerda da América Latina e do Caribe. O texto defende a elaboração de uma nova Constituição que amplia os poderes de Maduro, exalta o “triunfo das forças revolucionárias na Venezuela” e diz que a “revolução bolivariana é alvo de ataque do imperialismo e de seus lacaios”. Presente ao encontro, a presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), fez um discurso no qual afirmou que o partido manifesta “apoio e solidariedade” ao governo do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), seus aliados e ao presidente Nicolás Maduro “frente à violenta ofensiva da direita contra o governo da Venezuela”. FELIPE GONZÁLEZ: ‘DITADURA DE PINOCHET RESPEITOU MAIS OS DIREITOS HUMANOS DO QUE MADURO FEZ’ - O ex-presidente de governo espanhol, Felipe González, voltou a criticar a deterioração da democracia e dos direitos humanos na Venezuela. O socialista voltou a se reunir com Lilian Tintori, mulher do condenado líder opositor Leopoldo López, e condenou o aumento na repressão aos críticos do governo, comparando-o à ditadura militar chilena de Augusto Pinochet. “Visitei dois condenados pela ditadura, que saíram depois em pleno estado de sítio no Chile. Mas aquele estado de sítio respeitava mais os direitos humanos que o paraíso de prosperidade e paz de Nicolás Maduro”, criticou. “O julgamento de López burlou todas as garantias legais, e mostra que o regime de Maduro é arbitrário e tirânico, traindo a democracia”, denunciou. Após a condenação de López a quase 14 anos de prisão por suposta incitação a protestos violentos durante o início de 2014, Tintori voltou a fazer turnês mundiais para denunciar o governo venezuelano e exigir a libertação do marido. 

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