Geddel está com a batata assando nas delações de Joesley |
O ex-ministro
Geddel Vieira Lima (PMDB) vai continuar em prisão domiciliar e sendo monitorado
pela Polícia Federal na Bahia. A decisão foi tomada nesta terça-feira, 18,
pelos três desembargadores da 3ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª
Região (TRF-1), em Brasília, e confirma decisão da semana passada que
substituiu a prisão preventiva pela medida cautelar. Geddel foi preso no último
dia 3 no âmbito da Operação Cui Bono?, acusado pelo Ministério Público de
pressionar a mulher do doleiro Lúcio Funaro, Raquel Pitta, para que ele não
fizesse delação premiada. Os desembargadores entenderam, no entanto, que o encarceramento
era medida desproporcional à suspeita levantada pelo MP. O TRF-1 também manteve
as restrições impostas ao ex-ministro Geddel pelo desembargador federal Ney
Bello, que é relator do caso. Geddel terá de ficar em seu apartamento, no
Jardim Apipema, sem usar telefone e proibido de manter contato, por qualquer
meio de comunicação, com os demais indiciados ou investigados e seus
familiares. Em seu voto, Ney Bello considerou que a única base para o pedido de
prisão eram ligações que Geddel teria feito a Raquel Pitta, mulher de Funaro.
Ao analisar o depoimento dela, o magistrado considerou que não houve “ofensa,
agressão, coação, cooptação, proposta indecorosa, financeira ou moral”. FIM DA
POLÊMICA - Com a decisão tomada nesta terça, a Corte também pôs fim à polêmica
gerada pela falta de tornozeleiras eletrônicas na Bahia o que fez com que o
ex-ministro desde a última sexta-feira, quando deixou o presídio da Papuda, em
Brasília, e veio para Salvador, esteja sem o equipamento eletrônico e sem
qualquer vigilância de autoridade policial. A Polícia Federal alegou, na semana
passada, que não podia cumprir a determinação do desembargador Bello, porque
tal atribuição não é de sua competência, mas sim do sistema prisional estadual.
A Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização do Estado da
Bahia (Seap), por sua vez, informou que o Estado não dispunha de tornozeleiras,
que havia realizado duas licitações para aquisição do equipamento – 300 na
primeira e 3.200 na segunda –, mas que apenas uma havia sido homologada, na
última sexta-feira. Razão pela qual, explicou o titular da Seap, Nestor Duarte
Neto, as primeiras tornozeleiras só devem estar disponíveis em 40 dias – tempo
necessário para todo o processo ser concluído e a empresa vencedora montar a
central de monitoramento por satélite. Por Patrícia França.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente no blog do Val Cabral.