Bebeto ver Alckmin como puxada de tapete para o PSB |
A
saída da base do governo Michel Temer pode alterar os planos do PSB para as próximas eleições – quer sejam as
eventuais eleições diretas convocadas para solucionar a crise política, quer
seja o pleito já previsto para 2018. Até a mudança era aventada a possibilidade
de que o partido pudesse ser uma alternativa para o governador de São Paulo,
Geraldo Alckmin (PSDB), possibilitada pela aliança mantida com a sigla por meio
de seu vice, Márcio França. Para o deputado federal Bebeto Galvão (PSB-BA), no
entanto, “não existe possibilidade” de uma coligação com os tucanos, e que a
ligação seria “pontual” e “circunstancial". "O PSB constituirá o seu
próprio caminho. Há lideranças politicas que estão conversando com o PSB, gente
de alta qualidade política, e necessariamente não está vinculado a qualquer
relação ou qualquer aliança com o PSDB. Nosso caminho está pavimentado de
centro a esquerda”, argumentou, sem descartar a possibilidade de uma
candidatura própria. As alternativas que nós estamos construindo é para
consolidar e aprofundar o diálogo com a sociedade. E no tempo próprio, o PSB
expressará com uma candidatura própria ou não, ou como opinião para aliança
como fizemos em 2014”, exemplifica, dizendo haver nomes já cogitados,
“respeitadíssimos pelo povo brasileiro, de uma conduta ética elevada”. Para
elucidar a posição do partido no cenário – a agremiação presentou fraturas
durante os últimos anos, tendo, por exemplo, a senadora Lídice da Mata como
figura de oposição definida ao governo Temer – Bebeto afirma que a participação
na gestão não foi unânime. “O PSB,
politicamente, e a sua direção nacional, não indicou nenhum ministro para a
composição do governo. Isso foi uma responsabilidade de parte da bancada dos
deputados – aqueles que se embrenharam na tarefa do impeachment, apoiando o
impeachment”, afirma, em menção a Fernando Coelho Filho, que se manteve no
cargo por decisão individual. Desta vez, Bebeto aposta na unidade em torno da
defesa do impedimento de Temer e consequente realização das eleições diretas.
“Os nossos quatro votos (na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara) serão
pelo prosseguimento das denúncias formuladas pelo PGR com farta, substantiva
base material. E no plenário, majoritariamente, se não na totalidade, será pelo
prosseguimento da ação e pelo afastamento do presidente Temer”, afirma. Na
última terça (27), o PSB trocou dois membros do colegiado, Fábio Garcia (CE) e
Danilo Forte (MT) para garantir que o partido se posicionasse favorável à
denúncia. Por Luana Ribeiro.
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