O tempo não está favorável para Temer |
Cercado por
ministros, assessores, bajuladores, o presidente Michel Temer tentou através de
pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão, desqualificar a primeira
denúncia do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal
Federal de corrupção passiva. Repetitivo, às vezes caquético, falou, falou e
não conseguiu contrapor à grave acusação de corrupção, com base na gravação do
empresário da JBS, Joesley Batista, na qual os dois combinam como ele receberia
uma propina, através de um dos seus principais assessores de confiança, que foi
flagrado pelas câmeras correndo com uma mala cheia de dinheiro. Pior é que outras
denúncias tão ou mais graves ainda serão apresentadas, entre outras as de
obstrução à Justiça e (pasmem!) formação de quadrilha. Como já foi observado,
este é o primeiro presidente da República na história do país por corrupção. Como
bem observaram alguns políticos, juristas e analistas, se ainda restasse “um
mínimo de grandeza”, ele deveria renunciar e convocar novas eleições para a
escolha de um novo presidente para não agravar ainda mais a crise e poupar o
país do vexame internacional ainda maior. Porém, como não existe esse “mínimo
de grandeza”, ele ainda vai tentar se safar através do Congresso Nacional e
pode acontecer se a sociedade não reagir.
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