Jutahy não está nem aí para o drama vivido por Temer |
O deputado federal
Jutahy Magalhães Jr. (PSDB) atribuiu ao presidente Michel Temer (PMDB) a ‘culpa
exclusiva’ pelo aprofundamento da crise política. Em entrevista à Rádio
Metrópole, o tucano afirmou que Temer “não podia ter recebido Joesley e ter
tido a conversa que teve”. “Isso é indefensável. Mas temos que avaliar as
condições jurídicas se esse ato que ele praticou é suficiente para afastá-lo da
presidência”, declarou o membro da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da
Câmara. Jutahy também comentou a situação do PSDB, que continua na base
governista. “Temos o ministro Imbassahy, um interlocutor do presidente Temer.
Temos o presidente do partido na Bahia, João Gualberto, que é um dos maiores
defensores do Fora Temer. Temos duas pessoas com posições antagônicas. Mas
todos temos a compreensão de fazer o melhor para o Brasil. Alguns acham que
apoiar Temer traz estabilidade econômica. E outros acham que ele perdeu todas
as condições éticas, morais. Mas essa é uma questão que será superada
rapidamente”. O tucano disse, ainda que não se arrepende de ter votado a favor
do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e frisou que o país passa
por ‘uma crise sem precedentes’. “É a primeira vez que um presidente é
denunciado por corrupção, e um presidente que é fruto de um impeachment. Votei
no impeachment e não me arrependo. Era impossível sairmos do buraco econômico
em que estávamos. O impeachment foi um processo longo, passamos meses
defendendo a abertura de um processo. Já havia a avaliação pessoal e política de
que a presidente Dilma precisava sair. E tudo isso fez o processo chegar à CCJ.
Quando chegou lá, já sabia que era preciso haver o impeachment”. Sobre o voto
no processo contra Temer, Jutahy afirmou que ‘não será voto partidário, mas
técnico”. “Meu voto não terá nada a ver de ser governo ou de oposição, nem do
PSDB”, pontuou.
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