Rodrigo Maia é cotado para substituir Temer
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O
prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), não esconde a existência de uma aliança e
proximidade maior entre a gestão dele e o atual ocupante do Palácio do
Planalto, Michel Temer (PDMB). Principalmente numa comparação com a antecessora
do peemedebista, a ex-presidente, vítima de impeachment, Dilma Rousseff. Porém,
apesar das relações político-ideológicas aproximadas, ACM Neto poderia ser
beneficiado com a queda de Temer. A lógica tem sido tratada nos bastidores e
rodou as conversas da bancada federal com o governador Rui Costa, na última
sexta-feira (26). Caso Temer venha a cair, seja por renúncia, cassação no
Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ou impeachment, o primeiro na linha
sucessória é um aliado de longa data do prefeito de Salvador, companheiro desde
a época do antigo PFL, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Presidente da Câmara dos
Deputados, Maia é considerado, nos orbes do Congresso Nacional, um dos
favoritos a suceder Temer no caso de eleição indireta – quando deputados e
senadores escolhem o presidente tampão. Seria a ascensão do DEM ao Palácio do
Planalto após anos à sombra do PSDB na época de Fernando Henrique Cardoso e
alguns anos na oposição aos governos petistas. Até mesmo se Maia não for o
escolhido numa eventual eleição indireta, outro cotado, o senador Tasso
Jereissati (PSDB-CE) seria eleito com a aliança entre o tucanato e o DEM, um
cenário também positivo para ACM Neto. Apesar da PEC das eleições diretas ter
sido aprovada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, a medida
precisaria de uma boa vontade maior do que a disponível no Congresso Nacional.
Com o caminho das eleições indiretas mais palpável, ACM Neto teria campo aberto
para se projetar ao governo da Bahia em 2018. Foi o alerta dado a Rui. Por Fernando
Duarte.
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