Dilma garantiu: Temer "...saberá me substituir à altura" |
Os vices, em plano federal, estadual ou municipal (vice-presidente, vice-governador e vice-prefeito) têm sido penduricalhos. Com essa afirmação não pretendo menosprezar os vices, ou dizer que são desnecessários, mas sim colocá-los em sua verdadeira dimensão. Penduricalho é a coisa que fica pendurada, que pende como enfeite ou adorno. Quando se elege o Chefe do Poder Executivo, trava-se um grande debate, seja na República, nos Estados ou nos Municípios. Os candidatos aos cargos majoritários são sabatinados. Em sentido contrário, nenhuma ou muito pouca discussão é travada com os candidatos a vice. Muitas pessoas não recordam o nome do vice em que votaram, salvo quando o vice assume a função na ocorrência de morte ou impedimento do mandatário efetivo. Por este motivo, a meu ver, o vice deveria substituir, apenas ocasionalmente, o detentor do mandato, por um prazo de no máximo de três meses. No caso de impedimento, de qualquer natureza, superior a esse lapso de tempo, deveriam haver novas eleições. Não é democrático que alguém, que se elegeu nos braços de outrem, assuma em caráter definitivo o lugar que ficou ocasionalmente vago. Por ser o substituto do titular, o vice tem sido, em algumas situações, agente, em primeiro plano, das manobras para a derrubada daquela pessoa cuja queda possibilita sua ascensão. Quando ocorre a hipótese de presença do vice, em artimanhas traiçoeiras, seria ético premiá-lo com a taça da vitória? Creio que a resposta correta a essa pergunta é negativa. Isto porque, a traição, desde o tempo de Judas, merece a repulsa das pessoas de bem, independentemente de ideologia. O fato é que Temer é presidente atualmente, porque, por duas vezes, Lula e Dilma, garantiram para a maioria do povo brasileiro, que ele era a pessoa mais qualificada, ética, honesta, séria e digna, para ajudar o Brasil a ter ordem e progresso. E hoje eles sentem e sabem, que não podiam “quebrar o coco, sem arrebentar a sapucaia”.
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