Delações revelam que a máfia do PT era maior que se pensava |
Em depoimento ao
juiz Sergio Moro, nesta quinta-feira (4), o ex-executivo da OAS Agenor Franklin
Medeiros, que é réu em uma ação penal contra o ex-presidente Lula, descreveu
pagamentos de propina da empreiteira a três partidos políticos e a existência
de uma área de "vantagens indevidas" no grupo. Antes de começar o
depoimento, a defesa de Lula questionou a respeito da negociação de um acordo
de delação premiada entre executivos da OAS e o Ministério Público Federal. Os
procuradores confirmaram a negociação, mas disseram que o compromisso ainda não
foi firmado. Em seu depoimento, Medeiros disse que está disposto a colaborar
com a Justiça. Ele afirmou que seus advogados estão conversando com os
procuradores, mas não há ainda uma proposta fechada para firmar a colaboração
premiada. "Não tenho benefício definido", disse. O ex-executivo citou
um percentual de 2% sobre os valores de contratos para "atender
compromissos políticos" e falou em pagamentos na obra da refinaria de
Abreu e Lima, em Pernambuco. Segundo Medeiros, a OAS tinha uma "área que
trabalha com vantagens indevidas", chamada de "controladoria".
"Doações a partidos, até de forma oficial, saem do presidente [da
empresa], vai para o diretor financeiro e vai para o gerente dessa área."
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