Enfim, a aranha pode acabar com as frustrações masculinas |
A picada da aranha armadeira pode
provocar, nos homens, o priapismo. Trata-se de uma ereção involuntária e
dolorosa que, se não for tratada, pode levar à necrose do pênis em alguns
casos. No laboratório, porém, cientistas da Universidade Federal de Minas
Gerais (UFMG) e da Fundação Ezequiel Dias (Funed) mostraram que o veneno desse
aracnídeo pode ser manipulado em favor da saúde e levar a um novo medicamento
para disfunção erétil, com algumas vantagens em relação aos já existentes no
mercado. A biotecnologia desenvolvida já foi licenciada pela empresa Biozeus,
que dará sequência ao projeto. De origem sul-americana, a aranha armadeira é
bem distribuída no Sudeste brasileiro, tanto em áreas rurais como em áreas
urbanas. Conhecida cientificamente como Phoneutria nigriventer, ela é também
chamada popularmente de aranha-de-bananeira por ser constantemente encontrada
em cachos de bananas. Seu veneno é extremamente potente e pode provocar a morte
de pequenos mamíferos. A picada em humanos não é incomum. A pesquisa da UFMG e
da Funed teve início há mais de dez anos, quando a molécula responsável pelo
priapismo – a toxina PnTx(2-6) – foi isolada do restante das substâncias do
veneno. Os primeiros estudos buscaram mostrar o processo pelo qual essa
molécula levava à ereção. A toxina mostrou atividade nos canais para sódio, que
são altamente distribuídos pelo organismo. Por Léo Rodrigues.
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