Tarciso acha que o churrasco del está assando pela Citrus |
O vereador de Ilhéus, Tarcísio
Santos da Paixão (PP), entrou com um pedido de habeas corpus preventivo temendo
ser preso na operação Citrus, na qual o legislador é investigado. A operação
foi deflagrada pelo Ministério Público Estadual no mês passado, quando prendeu
seis pessoas acusadas de integrarem um esquema criminoso que praticava fraudes
e superfaturamento em procedimentos licitatórios e contratos realizados pela
prefeitura municipal de Ilhéus. Três investigados já foram soltos e outros três
tiveram a prisão temporária convertida em preventiva: o verador Jamil Ocké; o
empresário Enoch Andrade Silva; e o ex-secretário Kácio Clay Silva Brandão. Apesar
da tentativa de se proteger de uma eventual prisão, o vereador Tarcísio Paixão
viu sua tentativa frustrada junto ao Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA). O
relator e desembargador Abelardo Paulo da Matta Neto, integrante da Primeira
Câmara Criminal da Segunda Turma do Judiciário, indeferiu o pedido liminar. No
pedido do habeas corpus preventivo, o vereador se diz "ilegitimamente
ameaçado em sua liberdade" por decisão da 1ª Vara Criminal da Comarca de
Ilhéus, onde a operação Citrus foi deflagrada. A defesa do legislador argumenta
que uma eventual prisão "não se justificaria, haja vista que ausentes
quaisquer das hipóteses que a podem servir de lastro, mormente por se cuidar de
pessoa de ilibada conduta, sem antecedentes criminais ou qualquer mácula capaz
de tornar presumível a necessidade do recolhimento para alguma de suas
finalidades". No entanto, o magistrado do TJ-BA responsável por decidir
sobre o pedido afirmou que, em sua análise, não há elemento que permita a
constatação de fatos suficientes para deferimento da liminar solicitada. Logo
após a deflagração da operação Citrus, o vereador usou a tribuna da Câmara da
cidade para negar que fosse um dos alvos da investigação. “Nós estamos
objetivados no sentido de colaborar com as investigações. Durante o tempo que
tivemos na Previdência, que foi de 2015 a 2016, todas as empresas que prestaram
serviço à Casa foram contratadas por meio de processo licitatório, dentro da
legalidade, cumprindo todo rito que a lei manda”, disse Tarcísio, conforme
publicação do blog Chico Andrade. Por Aparecido Silva.
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