Todos os dias nos deparamos com exemplos ruins de conduta |
Existem situações, que lamento
não acontecerem apenas em Itabuna e que me entristecem e demonstram que temos
um longo caminho a percorrer. Assisto no estacionamento de um supermercado a
vaga destinada aos deficientes físicos ser tomada por um carro, dele descendo
um rapaz de seus 22 anos, porte atlético, “bombado” como se diz, sem qualquer sinal
visível de deficiência física e muito menos de idade avançada. Nem aí para a
placa ou marcação no asfalto. Seria ele um deficiente visual? Não era, mas
certamente ele e muitos outros são deficientes em educação, cidadania e
respeito. É mais cômodo e mais perto e o resto, bem, o resto que se lixe. Já
noutro dia estava eu em uma longa fila de banco quando um rapaz passou na
frente de umas vinte pessoas com a maior naturalidade e uma imensa cara de pau!
Ninguém disse nada apesar de todos criticarem tal atitude em voz baixa, gerando
aquele típico murmurinho de desaprovação até que decidi lhe informar que a fila
se iniciava bem lá para trás e que ele havia “se equivocado”. Daquela vez não
colou. E tem aquela família que alegremente joga os copos e pratos descartáveis,
restos de comida e todo tipo de material pela janela de seus carros em
movimento sem se preocupar em viver num lixão a céu aberto. Seriam analfabetos
ou não veriam avisos e placas? Claro que não. Essas pessoas ignoram regras
mínimas de convivência e civilidade e repetem erros que costumam apontar aos
outros. Reclamam da falta de respeito, reclamam da sujeira na cidade, da falta
de educação e tantas outras, mas elas próprias são agentes do desrespeito e
descaso nas ruas. Já na avenida Fernando Cordier as sirenes anunciam alguma
viatura policial, ou ambulância em missão de urgência. Abro passagem como
posso, os outros carros e motos fazem o mesmo até que vemos serem de uma empresa
privada que vende cartelas de um jogo de prêmios a serem sorteados, em desfile
glorioso anunciando a venda de suas cartelas... danou-se! Infelizmente esta é a
realidade com a qual nos deparamos muitas vezes em nosso dia a dia. Ocorre que
civilidade e organização são os segredos de um povo civilizado. A atitude do
primeiro eu, tudo eu, do mais esperto, não produz respeito, dignidade ou
solidariedade. É atraso, subdesenvolvimento e desrespeito para com o próximo e
segundo observação do ditoso advogado Andirlei Nascimento, o mau jeito estraga
tudo, tanto quanto o “jeitinho brasileiro”, inclusive o que é justo e razoável.
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