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2 de março de 2017

O MAL ELEITOR É CAUSA DO PÉSSIMO GOVERNANTE

Eleitor pelego faz nascer a corrupção e o atraso no Brasil
Tornou-se consenso pelo país de que o eleitor é responsável pelos políticos que fazem trapaças com dinheiro público por ser ele quem “faz o político”. Sempre nas eleições há um bombardeio de propaganda e vinhetas com o objetivo de cobrar do eleitor o exercício da cidadania por meio do chamado voto consciente. Até da Justiça Eleitoral aparecem mensagens reiteradas no mesmo sentido que, definitivamente, extrapola seu papel institucional. Nesse aspecto da cidadania ninguém diz que o cidadão deveria participar antes para influenciar numa boa escolha dentro dos partidos. A escolha de candidatos é feita por dois os três dirigentes dos partidos. Todos, indistintamente, agem assim. Selecionam seus fanfarrões por considerarem puxadores de voto. São ex-famosos do esporte, da música, das bizarrices da televisão, até as vítimas de violência de caso de grande repercussão. Não existe nenhuma correlação entre o que o candidato fez na carreira com sua posição política. Por exemplo, qual fora a posição de Igor Kannário com relação ao impeachment de Dilma? Não se sabe nada sobre a posição dele sobre a privatização da Estação da Lapa e o aumento da taxa de IPTU; enfim, sobre nada, simplesmente porque ele nunca deu uma opinião. Parece fazer parte da atividade política não opinar sobre nada. Depois dessa leva de mequetrefe ser escolhida, a responsabilidade recai sobre quem o elege. Alguns defendem que a propaganda eleitoral e os debates existem para os candidatos mostrarem suas propostas e programas de governo no percurso até a eleição. Pelo contrário: essas propagandas tornam-se um festival de acusações, ofensas, baixaria e narcisismo. Todos os candidatos dizem que seus governos darão prioridade à saúde, à educação, à segurança, à diminuição de impostos; aos aeroportos, portos, ferrovias e às estradas; ao salário, aos bolsas-tudo; às creches, aos jovens, às crianças, aos adultos e idosos. Só se esquecem do significado de que a prioridade de uma coisa em função de outras. Esquecem até da velha máxima de “quem prioriza tudo, não prioriza nada”. 

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