A CNBB quer que 2017 seja da vida, cultura e meio ambiente |
Com o tema “Fraternidade: biomas brasileiros e
a defesa da vida”, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lançou a
Campanha da Fraternidade 2017. Segundo a entidade, o objetivo da ação é dar
ênfase à diversidade de cada bioma, promover relações respeitosas com a vida, o
meio ambiente e a cultura dos povos que vivem nesses biomas. A Campanha busca
alertar para o cuidado e o cultivo dos biomas brasileiros: Cerrado, Mata
Atlântica, Caatinga, Pampa, Pantanal e Amazônia. Além disso, enfatiza o respeito
à vida e à cultura dos povos que neles habitam. O meio ambiente tem sido um
tema recorrente da Campanha da Fraternidade, iniciativa dos bispos brasileiros
que começou na década de 1960 como forma vivenciar a fraternidade em um campo
específico da vida ou da realidade social brasileira. Já em 1979, o tema
escolhido foi “Preserve o que é de todos”, trazendo à tona as preocupações com
o uso consciente dos recursos naturais. Outras campanhas abordaram a questão da
água e a Amazônia. No ano passado, a CNBB tratou da questão do saneamento
básico. A defesa do meio ambiente recebeu um forte impulso em 2015, quando o
papa Francisco assumiu a defesa de uma ecologia humana e integral, lançando luz
sobre a relação entre degradação do ambiente, injustiça social e pobreza. No
documento, Francisco fundamenta sua reflexão com dados científicos sobre a
degradação da natureza e alerta que os impactos mais sérios recairão, nas
próximas décadas, sobre os países em vias de desenvolvimento. E faz um alerta:
a proteção ambiental não pode ser assegurada somente com base no cálculo
financeiro de custos e benefícios. Para ele, o ambiente é um dos bens que os
mecanismos de mercado não estão aptos a defender ou a promover adequadamente. Como
enfatiza a CNBB, não basta apenas conhecer os biomas, mas é preciso também
refletir sobre a presença e sobre a ação humana nesses ambientes. Por isso, é
válida a iniciativa da Igreja no Brasil de levar não apenas os católicos mas
toda a sociedade a refletir sobre as causas dos problemas que afetam os biomas
como, por exemplo, o desmatamento, a poluição da natureza e das nascentes,
provocando uma mudança de atitude tanto individual quanto coletivamente.
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