Com 67 ocorrências – contra 64
registradas no ano passado -, as genericamente chamadas “agressões” são a forma
mais comum de violência registrada contra os jornalistas. Sobretudo contra os
empregados de emissoras de TV. Em seguida vem os casos de ofensas (22); ameaças
(19); condenações/decisões judiciais (18) que impedem jornalistas de apurarem
um assunto ou divulgar suas descobertas; intimidações (17); ataques/vandalismos
(17); censura (12); detenções (7); atentados (6); roubos e furtos (4) e um caso
de assédio sexual. Segundo a entidade, a maior parte das agressões é cometida
por agentes públicos, principalmente por policiais, guardas municipais e outros
agentes de segurança. “A maioria dos ataques aconteceu durante manifestações
[políticas] e, infelizmente, partiu de autoridades públicas, sobretudo de
agentes de segurança, que aparecem como os grandes responsáveis por esse tipo
de violência contra os profissionais de imprensa”, disse o presidente da Abert,
Paulo Tonet de Camargo, defendendo a necessidade das autoridades de segurança
capacitarem as forças policiais para lidar com jornalistas no exercício de suas
funções. Os participantes dos protestos políticos, seguidos por políticos e
detentores de cargos públicos, também figuraram entre os grupos que mais
ameaçaram, intimidaram e agrediram profissionais de comunicação no ano passado.
“Alguns setores da sociedade têm uma dificuldade de compreender o real papel
dos meios de comunicação no Estado Democrático de Direito. O papel da imprensa
não é o de ser, em nenhum momento, o protagonista do processo que está em
discussão, mas sim reportar os fatos que estão acontecendo”, acrescentou
Camargo.
Ser profissional de Imprensa continua sendo muito perigoso |
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