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12 de fevereiro de 2017

O POVO NÃO PODE SER REFÉM DE QUEM TEM DEVER DE PROTEGÊ-LO

Caos e Pânico no Espírito Santo com Greve da Polícia Militar
Todos, cidadãos e poderes públicos, estamos submetidos às leis. É o que chamamos estado de direito democrático. O que está acontecendo no Espírito Santo, uma das 26 unidades que formam a República do Brasil, é um atentado a este e a outros princípios democráticos. Desde o último dia 3, a população capixaba se vê acossada por uma onda de violência sem precedentes. Reclamando reajuste salarial para eles, familiares dos policiais militares bloqueiam as saídas dos quartéis na Grande Vitória e em cidades do interior, impedindo-os de saírem para o trabalho. Em consequência dessa ação, os índices de criminalidade alcançaram níveis assustadores. Uma crise de segurança pública que já provocou mais de 120 mortes. Pessoas estão morrendo vítimas de balas perdidas, disparadas em confrontos de criminosos; lojas foram saqueadas, causando um prejuízo até agora estimado em R$ 90 milhões no comércio capixaba; e mais de 200 registros de roubo e furto de automóveis estão sendo computados como consequência da paralisação dos policiais militares. O governo daquele Estado tenta negociar o retorno à normalidade, mas os PMs rebelados recusam-se a um acordo. Segundo o governo, eles querem 43% de aumento salarial, e isso implicaria num adicional insustentável para as despesas com pessoal. Alegando ser impossível conceder o reajuste, o governo propôs avaliar promoções, carga horária e outras reivindicações. Sem êxito! O movimento recrudesce a cada dia, e já há sinais de que pode ‘contaminar’ agentes da Polícia Civil. Os PMs do Espírito Santo, como os da Bahia, de São Paulo, do Rio de Janeiro, de Pernambuco, do Amazonas, da Paraíba, têm direitos que devem ser respeitados. Se as reivindicações são justas, é natural e justo que se mobilizem para torná-las realidade. Entretanto, a luta por melhores condições de trabalho e salário não lhes dá o direito de tornar o povo refém. Não é aceitável, nem lá nem em qualquer outro estado, o extremismo de um movimento que mata aqueles a quem os militares têm o dever de proteger. Os policiais militares do ES dão exemplo de desrespeito às leis, além de arranhar profundamente a credibilidade de uma instituição valorosa como é a Polícia Militar. Lamentavelmente, pela forma como foi conduzida, sua luta se transformou num atentado ao estado democrático de direito.

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