Jairo quis entregar a encomenda a Deus sem ir ao seu encontro |
Após as críticas, o prefeito de Guanambi, Jairo Magalhães (PSB), resolveu se desculpar pelo decreto publicado nessa segunda (2), em que entregava a chave da cidade à Deus. No texto publicado no Diário Oficial do Município, o gestor cancelou, “em nome de Jesus”, todos os pactos realizados com qualquer outro Deus ou entidades espirituais (leia mais aqui). Já nesta terça (2), o Ministério Público protocolou uma representação contra o prefeito e pediu a revogação imediata do decreto. Diante dessa repercussão negativa, Magalhães se defendeu, sob alegação de que não tinha a intenção de gerar conflito ou debate de cunho religioso, muito menos discussão relacionada à laicidade vigente no país. "Foi feita uma correlação, pois a entrega simbólica da chave da cidade, que é feita ao prefeito em dias de posse em muitas cidades, não interfere em nenhuma das ordenanças legais, muito menos nas ações aos cidadãos desta terra", diz nota de esclarecimento divulgada pela prefeitura nesta manhã. No texto, a prefeitura ressalta que o decreto foi inspirado em trecho da constituição do país, que cita o nome de Deus. A nota exalta também o trabalho de Magalhães, que já atuou como vereador e vice-prefeito, que "sempre se portou e relacionou com todos os credos de forma respeitosa, harmoniosa e agregadora, como homem público". "Se algum cidadão ou religião se sentiram ofendidos pela mensagem, o prefeito, de forma humilde e sincera, pede as mais sinceras escusas, reafirmando a sua obrigação de governar para todos, primando pelo diálogo inter-religioso, sem distinção de qualquer natureza", declara, em nome do prefeito.
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