Assassinatos de presos em Manaus deixa o mundo perplexo |
As 60 mortes de detentos
confirmadas até agora no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em
Manaus, já fazem do episódio o segundo no país em número de mortos no sistema
prisional, atrás apenas do Massacre do Carandiru, em 1992, quando 111 presos
foram mortos pela polícia. Segundo a Agência Brasil, a Secretaria de Segurança
Pública do Amazonas confirmou pelo menos 60 mortes no Compaj, mas o número pode
ser ainda maior, já que a Polícia Militar chegou a divulgar à imprensa local
que 80 detentos foram mortos no motim. A rebelião que começou na tarde desse
domingo (1º) e chegou ao fim esta manhã, após mais de 17 horas. No Massacre do
Carandiru, uma briga entre dois detentos no dia 2 de outubro de 1992 levou a
uma confusão generalizada em um dos pavilhões do presídio, que se tornou uma
rebelião. A Polícia Militar foi chamada, mas, após tentativa fracassada de
negociação, decidiu invadir o local com metralhadores, fuzis e pistolas,
matando 111 detentos. Mais de 24 anos após o massacre, ninguém cumpriu pena
pelos crimes. Em outro episódio sangrento do sistema prisional brasileiro, 27
detentos foram mortos durante uma rebelião no Presídio Urso Branco, em Porto
Velho. As mortes ganharam repercussão internacional pela brutalidade, que
envolveu até decapitação, choque elétrico e enforcamento. A situação no
presídio, principalmente a superlotação e as denúncias de maus-tratos, levaram
o Brasil a ser denunciado à Corte Interamericana de Direitos Humanos da Organização
dos Estados Americanos (OEA).
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente no blog do Val Cabral.