Nem sempre as estatísticas incluem crimes "menores" |
Itabuna permanece convivendo com o drama da violência que a submete ao pavor da sensação de "terra sem lei". Execuções na periferia e o crescimento dos roubos a mão armada. Como noticia a imprensa, estão sendo registrados mais assassinatos em dias alternados e sua terrível quantidade atinge os três dígitos, anualmente. Se forem acertos de contas entre gangues por ponto de drogas, não interessa. O que deve ser preservado é o cidadão de bem, honesto, que não tem condições de morar em locais mais seguros da cidade. Aliás, segurança, seja em qualquer lugar de Itabuna, está sendo algo raro nos dias de hoje. É fato que roubos e furtos cada vez mais escapam, não apenas ao controle, mas ao interesse das forças de segurança pública. Os esforços da polícia são no sentido de coibir crimes de expressiva repercussão, “jogando para a geral” os casos de casas arrombadas, por exemplo. Resta à população recorrer à segurança privada, aos muros altos e às câmeras. Faz mal às políticas de segurança pública ignorar determinadas camadas de violência, por tomá-las como desimportantes. O medo não se constrói apenas em torno de grandes eventos. Desenha-se, igualmente, nas situações de hoje. O “sistema” de insegurança não é isolado: funciona como um organismo, afeta todas as relações sociais. Altera, para pior, o urbano. O fato é que a violência em Itabuna alcança níveis alarmantes. Diariamente alguém é vítima de criminosos covardes e cada vez mais audaciosos. O clima é de insegurança total. Fica difícil não falar sempre neste assunto. Tanto faz ser durante a noite ou durante o dia. A bandidagem está tocando o terror na cidade. A população está à mercê dos criminosos e vive desprotegida, sem ter a quem apelar. A pergunta que fica é, será que ainda tem cura? Será que um dia as pessoas vão poder ir e vir sem estarem amedrontadas? As pessoas que buscam um momento de lazer e descontração em Itabuna, não podem mais andar, caminhar o correr tranquilamente. Marginais estão na cola de suas vítimas, abordando jovens, roubando celulares e pior, até a própria vida.
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