Geddel percebe hoje as causas que fizeram Dilma temer Janaína |
Uma das autoras do processo que culminou no impeachment da presidente Dilma Rousseff, a jurista Janaína Paschoal fez críticas contundentes ao presidente Michel Temer ontem, terça-feira/22. Em postagens no seu perfil no Twitter, Janaína reprovou a decisão do peemedebista de manter no governo o ministro da Secretaria de Governo Geddel Vieira Lima (veja aqui), mesmo após acusações de tráfico de influência feitas pelo ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero. Em um dos tweets, a jurista comparou Temer e Dilma ao dizer que o atual presidente pretende passar a “mão na cabeça de quem precisa ser afastado”, assim como “sua antecessora”. “Sei que o Presidente Michel Temer já manifestou que não pretende afastar pessoas com base, apenas, em alegações. Dilma também dizia isso. Não adianta o governante se apegar ao princípio da presunção de inocência. Esse princípio vale para processo penal, não para gestão pública”, afirmou. Ainda segundo ela, diante de denúncias, o presidente da República tem “o dever de tomar providências”, “por mais que goste e confie em determinadas pessoas”. “Para conduzir o Brasil, um verdadeiro líder precisa ter a sensibilidade de notar que o país mudou”, finalizou. Em entrevista à Folha de S. Paulo no último sábado (19), Calero creditou sua saída do Ministério da Cultura a pressões feitas por Geddel para interceder junto ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) pela liberação das obras do empreendimento de alto luxo La Vue, na Ladeira da Barra, em Salvador.
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