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Câmara

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7 de novembro de 2016

A REALIDADE DRAMÁTICA DAS CRIANÇAS EM ITABUNA

Não há em Itabuna, nenhum amparo para crianças e adolescentes
É impressionante o número de crianças abandonadas e desassistidas atualmente em Itabuna. São crianças que vivem sem rumo, sem destino, entregues à própria sorte, aprendendo nas ruas o que de pior existe. São crianças frutos de lares desfeitos, lares miseráveis e até agressivos. Como sempre, são as crianças pobres as que mais sofrem na disputa pela vida, ficando sempre às margens da estrada, pisoteadas e esquecidas. Estamos diante de uma Itabuna violenta e confusa, cheia de problemas onde o povo começa a ficar angustiado pelo temor de que os governantes e políticos permaneçam sem o tranquilizar com esperança de dias melhores. Em Itabuna, os políticos em sua maioria não trabalham visando o bem-estar de sua gente, os projetos sociais levam muitos anos para serem aprovados e realizados e assim, no meio desse rolo desorganizado, encontra-se a nossa criança. É certo que este problema não é de agora. Mas o que se observa hoje é a postura de uma sociedade passivamente emudecida, indiferente e tolerante diante de tantas injustiças e atos desabonadores contra o ser humano em seu início de vida. A criança marginalizada é uma consequência da distorção diante do estrago social onde está submetida. Sentimos que a cada ano encontramos um maior número de crianças espalhadas pelas ruas, pelas esquinas, pelas praças de toda a cidade. Como serão essas crianças no futuro? Submetidas a toda sorte de agressões, abandonadas, punidas injustamente desde pequenas, crescem portadoras de conflitos de amor, de proteção, de compreensão e confiança. As crianças que vivem nessa situação, e que são muitas, infelizmente, têm baixa autoestima e um frágil senso de identidade, crescendo sem saber qual o seu futuro. Serão tristes, medrosas ou agressivas, emocionalmente instáveis e algumas vezes deprimidas. Mais cedo ou mais tarde, de acordo com os acontecimentos tristes que viveram na infância, ao atingir a faixa da adolescência, explodirão de acordo com as agressões sofridas. Nossos governantes esquecem que nossas crianças precisam de proteção nos planos físico, mental, moral e espiritual. Só assim seremos uma grande cidade. Nenhuma cidade pode crescer e ser feliz se sua criança vive relegada, desnutrida e morrendo à mingua.

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