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5 de outubro de 2016

O SINAL AMARELO ESTÁ ACESO PARA A EDUCAÇÃO

A educação é sempre relegada ao desprezo pelo governo no Brasil
Levantamento feito pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, o Inep, com base nos resultados do Enem, mostra que as escolas públicas estaduais com melhor desempenho em matemática têm mais da metade dos professores formados na área que lecionam. Entre as dez primeiras colocadas no ranking do Exame por escola, nove têm mais de 70% dos docentes com formação específica. As redes estaduais concentram a maior parte dos estudantes de ensino médio do País. Do total de quase 15 mil escolas que tiveram as médias divulgadas pelo Inep, 8,6 mil são estaduais. As que tiveram melhor desempenho são ligadas a universidades estaduais ou são escolas técnicas estaduais. Há que ressaltar o bom desempenho dos colégios militares. O dado preocupante é que, mesmo sendo públicas, as escolas no top do ranking acabam atendendo a um alunado de nível socioeconômico de classes média e média alta. Isso demonstra que o Brasil ainda sabe fazer uma escola pública extremamente estruturada com professores mais valorizados, mas para poucos. Na maioria dos casos, estudantes de baixa renda se deparam com escolas superlotadas, desequipadas e professores desmotivados. Na prática, o resultado do Enem demonstra o quanto o Brasil reproduz desigualdades tanto entre as privadas quanto entre as públicas. De acordo com dados do MEC, quase 40% dos professores das escolas públicas não têm formação adequada. No caso específico de matemática, 51,3% não têm a formação específica para lecionar a disciplina. Matemática é o grande gargalo de aprendizado. Em 2015, a média nacional, que foi 475, caiu em relação a 2014, com 481 pontos. A deficiência fica clara também na Prova Brasil. A redução da desigualdade no desempenho das escolas deve começar na alfabetização. É preciso ter qualidade e equidade para todos os estudantes e isso passa pela formação do professor. Cada vez mais se faz necessário atrair jovens para a carreira de magistério, sobretudo para as áreas de exatas, cujo desempenho dos estudantes é mais baixo. Para que isso aconteça, deve-se oferecer-lhes salários compatíveis e melhores condições de trabalho. Sem isso, os índices permanecerão baixos.

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