Nem todo mundo está omisso contra a corrupção |
Na política, consagrou-se o “dando é que se recebe” e hoje eles nem dão mais, só recebem; e não me venham dizer que isso foi invenção de um partido, pois vem de data em que nenhum dos partidos atuais existia, Embora devamos reconhecer, que nunca se roubou tanto o erário, quanto no tempo do PT. E a gente sabe que abaixo do equador não existe santo como na zona não se encontra virgem. Na imprensa, bem, Cidadão Kane, e nem precisava tanto, pois sabemos muito bem quais os interesses que são defendidos; nunca vi um jornal ou qualquer outra mídia acusar seus proprietários de alguma falcatrua. E existem muitas. Nunca vi um jornal ou qualquer outra mídia que defendesse ideias contrarias às opiniões de seus proprietários. E na igreja, uma das instituições de maior prestígio, também surgem vez por outra escândalos, sobretudo sexuais. E não é preciso falar do banco do Vaticano, não é mesmo? No sistema judiciário, não me venham dizer que estou inventando a corrupção que grassa nos meios jurídicos. Ninguém mais acredita na neutralidade dos julgadores nem em sua incorruptibilidade. Todos os dias são noticiados casos que me confirmam. Contava ao Dr. Andirlei Nascimento, meu drama com o barulho de uma casa vizinha e acrescentava tudo isso acima sobre descrença. E ele, muito sério: “Não, não se pode perder a crença em tudo.” Pediu-me alguns documentos, uma procuração, e pôs-se a trabalhar. Soube mais tarde que ele fez tramitar dois processos junto a autoridades locais e não tive de esperar muito tempo: trabalho e durmo sem ser perturbado pelo bando de jovens que brincam durante a noite e dormem não sei quando. Ele tem razão: enquanto alguma coisa funcionar neste país, não se pode perder a esperança.
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