A Besta Fera nem sempre tem chifres, rabo, ou cheira a enxofre |
O farsante tem características
bem parecidas um com o outro quando pego com a mão na botija. É inteligente,
fascina, tem desenvoltura ao se expressar e por isso mesmo atrai com facilidade
o encantamento popular. Se for político, então, com certeza é um bom puxador de
votos, graças à ardilosa eloquência. Como também é próprio do DNA, o cinismo,
deboche e ar de superioridade quando descoberto na prática de atos pouco
recomendáveis. Se lhe apertarem o cerco, derrete-se em lágrimas e soluços,
assume postura de vítima perseguida e transfere a culpa dos seus pecados para
os outros. Quem não se lembra do choro copioso de ex-presidente Lula, depois de
entregue aos cuidados do temido e intrépido Juiz Sérgio Moro e os seus mandatos
por um grande exército de aves de rapina, trambiqueiros e mercenários?! Pessoas
possuídas dessa síndrome, segundo explica a psiquiatria, revelam um
comportamento alienado, agem estupidamente, causam desconfortos em seu ambiente
social, geram estresse para a vida dos seus semelhantes, apesar da natural
capacidade de liderança. Acuadas, iludem a si próprias, revelam sentimento
agressivo e um ar arrogante julgando-se acima de tudo e todos. Dependendo das
circunstâncias viram jararacas prometendo derramar veneno no calcanhar dos seus
perseguidores. Ou se fazem de vítimas, tentam vender a imagem de coitadinhas
atormentadas pelas elites, apelam para a emoção ao rebuscar suas origens de
pobreza, que, por vezes não tinham sequer uma bolacha “póca zói” para comerem.
No desespero, compara-se a Jesus Cristo, “o único no universo tão honesto,
quanto ele”, o farsante. Arma-se da velha tática dos corruptos acusados por
falcatruas: “a melhor defesa é o ataque”. No desespero convoca os fanáticos
aliados e estimula a baderna na rua para depredar, destruir, intimidar; prática
comum dos velhos e vencidos líderes populares. Em situação clara e indefensável
ante o rolo compressor de provas e indícios dos embrulhos, o farsante perde a
compostura. Ridiculariza, debocha e ironiza os acusadores. Esbraveja espumando
ódio, xinga e humilha a justiça que investiga sua história marginal de
incentivo ao roubo e propinas: “enfiem no... este processo”. Mas, como diz o
velho adágio popular: “a mentira tem pernas curtas!”. O fascínio do farsante
tem prazo de vencimento para derreter e sucumbir no seu próprio mar de lama. O
Brasil foi traído, o mundo enganado. O cara é uma grande e bem construída
farsa.
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